Passado ≈ 07

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Seis anos atrás, Maggie.

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Meus cabelos estavam molhados enquanto eu olhava para a parede de vidro na minha frente, onde tinha uma vista para um grande jardim.

— Mag? — a voz tranquila, quase como gentil me assustou, me fazendo querer chorar novamente — quer que eu escove seus cabelos?

Confirmei, mesmo que estivesse implorando nos últimos cinco minutos para ter apenas meia hora de paz; sem ter que sentir seu toque, cheiro, ver ou ouvir qualquer coisa que a pessoa atrás de mim pudesse fazer.

— você fica linda com os cabelos molhados, sabia? — a pergunta saiu como um sussurro nos meu ouvido, me fazendo querer chorar novamente.

Continuei olhando para o jardim, onde havia pequenas borboletas sobrevoando ali, querendo ir para a parte que pegava um pouco de sol, mas desistindo no mesmo momento.

Eu não queria ter que falar com ele.

Não queria ter que me levantar e sentir minhas pernas fracas, ou deixar a camisola leve de cetim marcar mais meus seios enrijecidos e provocar o libido do homem que escovava meus cabelos.

— você sabe que eu te amo, sim? — a pergunta saiu baixa, enquanto eu sentia ele manobrando meus cabelos para meu ombro, enquanto a escova era passada delicadamente em meu couro cabeludo — você sabe que eu gosto de respostas, princesinha. Me responda.

— eu sei que você me ama, Ethan — minha voz saiu grossa por conta do cinto posto a duas horas atrás, que prejudicou minha respiração e fala.

— e você me ama? — os lábios foram para meu pescoço, deixando pequenos beijos cálidos ali, me arrepiando.

— eu te amo, Ethan — minha voz saiu em um soluço baixo que eu estava tentando ao máximo controlar. 

Controle.

Minha vida se baseava em controle.

— será que você pode continuar penteando meu cabelo? Escovando, quis dizer — meus olhos se fecharam, quando os beijos começaram a se tornar chupões e minha mente se perguntar até quando.

Até quando eu ficaria a sua mercê, sendo uma boneca sexual?

Até quando eu ficaria encarando aquele jardim com borboletas atrás daquela parede de vidro?

— eu vou... — um gemido. Tentei colocar a mão na boca para não deixar o soluço sair alto demais, quando a mão grande e grossa foi parar debaixo da minha camisola — mas, que tal brincar antes?

— eu estou com fome — deixei escapar com um soluço, quando as lágrimas insistentes não deixavam de sair — muita fome.

Os dedos passaram contra meu clitóris que estava machucado, assado, me fazendo arquejar com o susto.

— você... — Ethan havia me derrubado para o lado do sofá, agora continuava atrás de mim, porém com mais liberdade para me cheirar de forma nojenta, podre — já te falei o quão cheirosa você é, princesinha?!

O aperto na minha coxa direta foi o incentivo que eu precisava para responder de forma quase inaudível, me fazendo querer despedaçar.

— sim, Ethan — prendi a respiração — eu sei o quanto sou cheirosa.

Passado vol.1 - El finOnde histórias criam vida. Descubra agora