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você precisa matar Arnel hoje, Ethan — a voz saiu cansada do olado da linha, mas isso não me impediu de novamente sorrir com aquilo.

— o pai daquela puta interesseira? — gargalhei ao ouvir aquilo, mais do que imaginava — o pai daquela vadia que só sabe fuder com os outros? Aquela maldita que some e aparece em diversos lugares do mundo? Obrigado, mas dispenso.

ele é padrasto dela, Ethan — a calma de Ettore estava começando a me irritar, ele sabia — você precisa matar Arnel porque ele é um dos pilares que une os Whyne com os Nuevos. E ele não é uma peça fundamental para...

você está criando afeição com aquela vadia, não é?! — gritei pelo telefone, escutando um suspiro cansado do meu irmão — ou por acaso é algum ressentimento pelo fato dele ser cafetão? É algum problema com a irmã dela?

lave a porra da sua boca para falar de quem quer que tenha sido vítima daquele nojento, Ethan — a voz do meu irmão saiu fria e dura — eu espero que ele pegue essa garota e a leve para bem longe de você, porque você não sabe o ressentimento que tenho por ter feito aquela pobre alma inocente...

eu fiz um favor para você, Ethan — falei entre dentes — ambos sabiam que você não teria coragem de...

Não completei.

Ambos ficamos em silêncio por vários segundos, mas foi Ettore que o quebrou.

eu espero que você entenda um dia que a culpa não foi sua. E espero que você deixe Meggie ir — uma pausa — embora você seja uma pessoa horrível e eu veja nosso pai todo dia em você, eu te amo, Ethan.

A ligação foi desligada.

Me levantei da cadeira, decidido a ir até Maggie e anunciar que iríamos sair, porque mesmo que discordasse completamente de Ettore, não poderia negar que ele estava certo.

Ele iria tentar arrancar tudo de mim e eu não poderia esconder Maggie e mostrar que estava com medo.

Eu deveria ser homem, assim como fui quando decidi aceitar aquele acordo com meu irmão.

Maggie Catarina.

Abri a porta do quarto ainda chorando, sentindo meu peito doer pela forma em que estava forçando meus pulmões a chorar e libertar aquela dor.

Meus ferimentos doíam, meu corpo estava entrando em colapso a cada soluço alto que dava e eu me assustei, dando inúmeros passos para trás quando encontrei uma mulher ruiva sentado na cama de forma confortável.

— meu Deus, você está bem? — ela se levantou vindo em minha direção em passos rápidos, me afastei dela, batendo minhas costas contra porta — respire garota, olhe para mim.

Tentei respirar de acordo com sua contagem, mas não estava funcionando.

Mas escutei o que ela tinha para dizer, quando o fez de forma rápida.

— se você não quiser que a garota do orfanato morra a qual é sua filha e você obviamente sabe disso, convença seu marido a matar Arnel — disse de forma pausada, jogando um pano em meu rosto, bloqueando minha visão.

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Os capítulos passarão a serem postados dia sim e dia não.

Passado vol.1 - El finOnde histórias criam vida. Descubra agora