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— ligue para ele — o homem que ainda estava indo de forma firme em mim disse, olhando para o loiro — ligue para Ethan, chamada de vídeo.

— não, por favor... — eu não sabia bem o que estava pedindo.

Se era por mim, que estava em um estado de dor tão grande, que me fez esquecer o que era não sentir dor.

Se era por Ethan, porque eu não queria que ele me visse naquela situação e me castigasse depois.

Se era por Ethan também, porque ele poderia sentir pena de mim, e se sentir vulnerável por não fazer nada.

Talvez fosse a vergonha.

Talvez eu apenas estivesse falando coisas desconexas para tentar amenizar aquela dor, e dizer a mim mesma que estava lutando e que não estava apenas aceitando.

— por favor... — tentei novamente, com a você fraca — você está me machucando muito...

Robert, eu já falei para... — a voz de Ethan soou, parando logo em seguida.

A câmera traseira de um celular foi posta próximo a meu rosto e foi descendo a medida que o homem ia cada vez mais rápido — se isso fosse possível.

seu filho da puta! — o som de algo batendo me assustou, mas não o suficiente quando senti o membro do homem forçando atrás de mim.

Por favor, martelo não.¹

— diga que ele está te machucando — o loiro sussurrou com um sorriso sádico, ainda com o a câmera em meu rosto.

— você está me machucando muito... — repeti, mesmo que aquilo o desse mais impulso para ir mais forte — isso está... Por favor...

Meu corpo estava ficando desfalecido, eu mal escutava o som de um zumbido que pelo visto era do celular.

Senti minha barriga sangrar, minha intimidade ficar dura e mais dolorida, meu ânus quebrar e a sangrar. Meu rosto estava corado e suado. Meus pulsos agora estavam começando a sangrar novamente.

Meus pulsos foram soltos, meu corpo colocado de joelho.

Meus olhos estavam começando a ficar turvos e pisquei, vendo o membro do homem melado, direto na minha boca.

O celular foi posto em algum lugar na maca, o homem loiro tirou o short, meu rosto recebeu uma tapa que fez um longo zumbido se instalar ali, e meus sentidos começarem a ficar lentos.

— olhe para cá, sua vadia! — meu cabelo foi puxado para olhar o homem que estava em pé e batia seu membro duro em meu rosto, junto a uma tapa forte.

Senti o gosto metálico de sangue em minha bochecha direta.

— abra boca — fiquei olhando para aquele órgão com a visão embaçada, mas não o suficiente para dizer que eu iria perder a consciência — abra a boca, porra!

Outra tapa atingiu meu rosto, caí para o lado, sendo levantada logo em seguida vendo o loiro se tocar me olhando com os lábios entreabertos.

— abra a boca — não o fiz, recebendo mesmo assim o pênis ali. Mas por un momento o fazendo, fazendo com que eu o mordesse ao tentar tirar minha boca dali e meu cabelo ser puxado  — sua vadia!

Um outro tapa.

Um forte tapa.

Caí da mãos em posição fetal, quando me vi subitamente livre dali, sentido minha intimidade molhada demais, e minha barriga doer demais.

O que não estava doendo?

Meu corpo foi posto de quatro, minha intimidade foi invadida novamente, um urro de prazer foi escutado.

Logo, eu estava sendo penetrada por trás novamente.

Trinta segundos — contei — trinta segundos é o tempo que você consegue se manter consiente depois de apanhar, ser abusada de forma dupla.

Meu cabelo foi puxado com força, meu pescoço estralou.

Meu último pensamento, foi de querer ter aceitado aquele suco antes.

Seja lá o que tivesse dentro dele.

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¹: sexo anal.

Passado vol.1 - El finOnde histórias criam vida. Descubra agora