Capítulo 7. Cafeteria em Londres

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Capítulo 7 - Cafeteria em Londres

—... E de verdade acredito que desta vez as reparações no teto da sacristia serão duradouras. Thomas Jones me assegurou que faria o trabalho pessoalmente e não enviaria seus rapazes para fazer porcarias. 

Namjoon interrompeu sua dissertação sobre as melhoras na igreja para guiar com supremo cuidado o cavalo para que passasse sobre um sulco no caminho. 

— Que bom — disse Jungkook, aproveitando a pausa. 

O dia estava ensolarado, tal como o estivera na terça-feira anterior. 

Entraram em Maiden Hill pela rua que Namjoon ia sempre, deixando para trás a padaria e as mesmas duas velhas que estavam ali na semana anterior e agitaram as mãos. Não tinha mudado nada. 

Park-Iddesleigh Jimin poderia não ter aterrissado nunca em sua vida e ido embora depois… Mas ele esteve. A memória era vivida. Sentiu um feroz desejo de gritar. 

— Sim, mas não estou tão seguro com o da nave. — respondeu Namjoon. Isso era novo no catálogo dos problemas da igreja. 

— O que acontece com a nave? 

Ele franziu o cenho. 

— Começaram a cair goteiras do teto também. No momento não é muito, só o bastante para manchar o teto, mas será mais difícil chegar às fendas devido à abóbada. É possível que nem sequer o filho mais velho de Tom goste desse trabalho. Talvez tenhamos que lhe pagar mais dinheiro. 

Jungkook não pôde evitar a amargura, jogou atrás a cabeça e riu a gargalhadas, umas tolas gargalhadas que soaram muito fortes e pareceram ressoar no limpo ar de inverno. Namjoon meio sorriu, dessa maneira sobressaltada como sorri uma pessoa que não está segura de ter entendido a piada. As duas velhas vieram para ver do se tratava a comoção e o ferreiro e seu filho saíram de sua oficina. 

Jeon tentou se controlar.

— Sinto muito. 

Namjoon o olhou com seus tímidos olhos cor café. 

— Não, não peça desculpas. Me alegra ouvir sua risada. Não ri com frequência. 

E isso só o fez se sentir pior. Fechou os olhos. De repente compreendeu que deveria ter posto fim a esse galanteio fazia anos. 

— Namjoon... 

— Desejava... — disse ele ao mesmo tempo e suas palavras chocaram. Interrompeu-se e fez um gesto indicando que continuasse. — Por favor. 

Mas o ômega já se sentia mal e não desejava começar uma discussão que sem dúvida seria desagradável. 

— Não, perdoe. O que ia dizer? 

Ele fez uma inspiração profunda e expandiu o peito sob a lã marrom de seu casaco. Sempre essa cor tosca, pensou Jungkook.

— Há um tempo estive desejando falar com você de um assunto importante. 

Fez virar a carruagem pela parte de trás da igreja e de repente ficaram sozinhos. Jungkook teve um terrível pressentimento. 

— Acredito que... 

Mas por uma vez Namjoon não cedeu a palavra, continuou falando: 

— Desejava dizer o muito que o admiro. O muito que gosto deste tempo que passo com você. São agradáveis nossos passeios, não acha? 

Jungkook voltou a tentar interromper.

— Namjoon... 

— Não, não me interrompa. Me permita dizer isto. Qualquer um diria que não precisaria ficar tão nervoso, já que o conheço tão bem. — fez outra inspiração e soltou o ar em um sopro. — Jeon Jungkook, faria a honra de ser meu esposo? 

Amor & Tormenta {Jikook}Onde histórias criam vida. Descubra agora