Amor & Tormenta {Jikook}

Capítulo 18. Decisão de Jungkook

➼ Está quase terminando, hein. Mas pra quem ainda tem duvidas, prometo que é final feliz hihi

➼ Boa leitura 💖

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Capítulo 18 - Decisão de Jungkook

— Quem está aí? — gritou o capitão Hoseok da porta de sua casa.

Usava um casaco velho sobre a camisola de dormir, sapatos com fivelas dos que se sobressaíam seus fortes tornozelos nus e o gorro de noite embutido na cabeça quase cobrindo as orelhas.

— Se passara das nove, gente decente já está na cama, sabe? 

Levantou a lanterna para iluminar o caminho de cascalho. A senhora Brodie, com sua touca e envolta em um xale, estava atrás dele, olhando por cima de seu ombro. 

Jungkook abriu a porta da carruagem.

— Sou eu, papai. 

Ele entrecerrou os olhos, tentando vê-lo na penumbra. 

— Jungkook? Como o Park decidiu viajar a estas horas da noite, em? Deve ter ficado louco. Há ladrões nos caminhos, ou é ele não sabe isso? 

Jungkook desceu os degraus com a ajuda de um lacaio. 

— Não veio comigo. 

— Louco  — repetiu seu pai. — Tem que estar louco para te deixar viajar sozinho, embora seja com lacaios. E de noite. Vagabundo! 

O ômega sentiu o obstinado desejo de defender Jimin. 

— Ele não teve voz nem voto. O deixei. 

A senhora Brodie abriu os olhos.

— Preparo um chá? — disse, e sem esperar resposta se virou e entrou na casa. 

O capitão simplesmente esclareceu garganta. 

— Voltou para casa por uma rixa sem importância, em? Garoto esperto. Um alfa se mantém sobre brasas quando não sabe o que seu ômega vai fazer. Pode ficar uns dois dias e voltar para casa depois do Natal. 

Jungkook exalou um suspiro. Estava cansado até a alma. 

— Não vou voltar com ele. O deixei para sempre. 

— O quê? — exclamou já alarmado. — Mas, vamos ver... 

— Jesuuus, ninguém dorme aqui? — resmungou Hedge, aparecendo pelo canto, com a camisola e um chapéu tricornio de que se sobressaíam mechas de cabelo grisalho. Viu Jungkook e parou em seco. — Já voltou? Acreditei que acabávamos de despachá-lo a pouco tempo.

— Também me alegra vê-lo, senhor Hedge. — disse Jungkook. — Talvez poderíamos continuar a conversa dentro da casa, papai? 

— Muito bem. — resmungou Hedge. — Levo quase trinta anos aqui, os melhores anos de minha vida, e alguém importa? Não, ninguém, sigo sendo não digno de confiança. 

— Se ocupe dos cavalos, Hedge. — ordenou o capitão, entrando na casa com Jungkook. 

— Quatro enormes bestas. — gemeu Hedge. — Tenho as costas doloridas... 

Fechou a porta e deixaram de ouvi-lo. Hoseok dirigiu para seu escritório, cômodo no que Jungkook não acostumava entrar. 

O escritório de seu pai era seu domínio, nem sequer à senhora Brodie permitia entrar para limpá-lo, ao menos sem pedir muitíssimo antes. 

A enorme mesa de carvalho estava situada formando ângulo com a lareira, muito perto, na realidade, dava para ver a madeira escura do pé mais próximo ao fogo. A superfície estava oculta por uma pilha de coloridos mapas, sujeitos por um sextante de bronze, uma bússola quebrada e uma parte de corda. A um lado havia um enorme globo terrestre com seu próprio pé.