Capítulo 6: Little Hangleton

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Ele estava deslizando silenciosamente por um longo corredor escuro. A antecipação crescia dentro dele à medida que progredia. Logo, uma porta simples e indescritível apareceu no final da passagem e, apesar de sua aparência inexpressiva, ele sentiu seu coração disparar.

Ele não sabia o que estava por trás, mas sabia que era algo terrivelmente importante, algo que ele queria desesperadamente, freneticamente...ele estendeu a mão ansioso...

E acordou, respirando com dificuldade.

Que sonho peculiar, pensou Tom, enquanto seu coração começava a desacelerar. O que significava? Era tão claro, tão ricamente detalhado...

Ele ficou ali por um momento, confortável na pequena cama. Podia sentir um calor contra si e quando abriu os olhos, foi saudado por um emaranhado de cabelo preto bagunçado. Ele tinha se aconchegado atrás de Harry enquanto dormia.

Não foi uma surpresa; Tom sempre fizera isso, desde pequeno; os órfãos dormiam três em uma cama no inverno para se aquecer. Claro, depois de Amy e Dennis e a coisa com Billy, e o que ele havia feito com Sarah, nenhuma das outras crianças dividiria um quarto com ele, muito menos uma cama.

Preguiçosamente, ele moveu a palma da mão para o lado de Harry, mapeando a saliência afiada de seu osso do quadril. Sua camisa tinha subido durante o sono, expondo seu abdômen nu, então Tom passou as pontas dos dedos sobre a pele macia e vulnerável ali ao lado. Não havia nenhuma intenção particular por trás dos toques, era apenas bom, um puro prazer tátil, sentir a pele quente de outra pessoa.

Movendo-se um pouco mais perto do outro garoto, ele encontrou um rastro de pêlos descendo sob a cintura de suas calças de dormir. Tom os seguiu até a bainha, brincando com o pano gasto, ele queria ver aonde isso levava.

Infelizmente, Harry escolheu aquele momento para se mexer, resmungando um pouco em seu sono. Tom congelou, sabendo que se ele acordasse com uma mão em sua cueca, faria um escândalo. Ele esperava coletar uma Horcrux hoje, então seria melhor mantê-lo em um clima cooperativo.

Lamentavelmente, ele retirou a mão e cautelosamente saiu da cama, para não incomodar seu companheiro. Fora do ninho aconchegante de cobertores, o ar da manhã estava frio. Ele colocou um suéter de lã por cima do pijama, franzindo a testa para uma linha solta, e caminhou para a sala para verificar a poção.

A cor era um pouco mais escura do que ele gostaria (pervinca em vez de azul-celeste) mas ele atribuiu isso à idade dos ingredientes. Estava borbulhando levemente. Tom aumentou o fogo do fogão e derramou a tigela contendo os corações de rã secos.

Ele mexeu vigorosamente com a concha, observando com satisfação o líquido engrossar. Foi concluido. Trabalhando com confiança, ele encheu uma coleção de garrafas vazias e selou suas tampas com cera e cortiça. Foi um excelente rendimento; suficiente para durar todo o verão.

Harry apareceu na porta enquanto rotulava as garrafas, mal-humorado e esfregando os olhos com a manga. Ele não retribuiu a saudação de Tom, mas parecia ter lembrado que era sua vez de fazer o café da manhã.

Ele encheu o caldeirão de comida com água e o colocou sobre o fogo, então saiu, mudando de um pé para outro para evitar as pedras frias.

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Depois de uma refeição agradável, Tom trocou de roupa e emprestou a Harry algumas de suas próprias roupas. Ele olhou para cima com diversão quando o menino emergiu do pequeno quarto novamente; as calças eram quase comicamente compridas nele.

- Nem uma palavra, Riddle.- Harry retrucou, enrolando as barras das pernas desordenadamente e empurrando as mangas até os cotovelos. Tom ergueu as mãos em sinal de rendição, mas o sorriso em seu rosto provavelmente disse tudo. Quando Harry terminou, ele lhe entregou um frasco de poção, que o outro bebeu com cautela.

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