Capítulo 8: Adrenalina

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Na manhã seguinte, Harry acordou com o som de Riddle se movendo no quarto. Ele tinha dormido alerta, mas o sonserino não tentou nada durante a noite.

Ele colocou o óculos no rosto, e então se desdobrou da poltrona, preparando-se para um confronto. Mesmo o pensamento de mencionar a noite passada parecia terrivelmente estranho, e havia uma parte de Harry (uma grande parte) que queria fingir que não tinha acontecido. Mas, ele disse a si mesmo que era um grifinório por uma razão, e já tinha cooperado por tempo suficiente. Ele ia deixar bem claro que o que Riddle tentou fazer nunca mais poderia acontecer.

Foi com esse humor determinado que ele atravessou a sala. Mas antes de chegar à porta do quarto, Riddle apareceu. Ele ainda estava de pijama, mas seus sapatos estavam nos pés e tinha duas toalhas penduradas no ombro.

- VOCÊ...- Harry começou, respirando fundo para seu discurso.

- Bom dia, Harry. Eu espero que você tenha dormido bem.- Riddle disse em um tom doce, sorrindo com covinhas, parecendo como se não tivesse colocado a mão na cueca de Harry menos de doze horas atrás.- Eu vou me lavar. É muito longe para ir sozinho, então você terá que vir também.

Harry ficou completamente descarrilado.

- Eu...você o quê?

Riddle não lhe deu atenção. Em vez disso, ele deu um passo para o lado de Harry, pegou uma barra de sabonete e um frasco de shampoo do balcão e colocou em um balde de metal, saindo do chalé em seguida. Harry olhou para as costas dele.

O vínculo se esticou.

Harry xingou e correu para a porta. Do lado de fora, ele ergueu a mão para proteger os olhos da luz do sol enquanto saltava sem graça para calçar os sapatos.

- Espere...ei, onde você está indo?- ele chamou Riddle da porta. Ele estava indo na direção oposta ao mar, o balde balançando alegremente em sua mão.

- Há um riacho do lado de fora das proteções. Eu normalmente vou lá.- Riddle explicou. Com os sapatos finalmente calçados, Harry trotou para alcançá-lo enquanto deixava as alas e começava a atravessar as árvores esparsas na orla da floresta.

Ele podia ouvir o riacho antes de vê-lo, e ele finalmente apareceu quando eles caminharam por uma elevação baixa. Era mais como um pequeno rio, estreito, mas profundo e fluindo rápido.

- Sobre a noite passada...- Harry começou, enquanto Riddle os conduzia pela margem.

- Está tudo bem, Harry. Sem ressentimentos.

O queixo de Harry caiu.

- Sem ressentimentos?- ele ecoou incrédulo.- Não é você que deveria estar com raiva!

Riddle parou em um lugar onde a terra mergulhava para encontrar a água em uma série de pedras grandes e planas. Ele largou as toalhas e o balde, então se virou para Harry.

- Eu só perguntei se você queria uma punheta.- disse ele, alegremente.- Você está tão tenso, eu pensei que poderia te deixar relaxado.

- Como se isso fosse tudo o que você queria!

Riddle coçou o queixo como se estivesse pensando nisso pela primeira vez.

- Bem, suponho que poderia ter sido educado de sua parte retribuir o favor depois.

Harry balbuciou, vermelho de fúria e vergonha. Seu rosto ficou ainda mais quente quando Riddle puxou a camisa do pijama sobre a cabeça.

- O que você está fazendo?

Riddle tirou os sapatos.

- Eu realmente tenho que explicar o conceito de banho para você? Você deveria se lavar também, Harry. Feitiços de limpeza só podem fazer muito.

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