Capítulo 11: Algum lugar como o lar

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Eles deslizaram para uma rotina quase sem perceber. Todos os dias que não chovia, duelavam no jardim. Foi divertido, uma intrincada dança de maldições e contra-maldições.

Frequentemente, eles faziam sexo depois, convertendo a excitação da luta em algo ainda melhor. Às vezes era igual, tocando-se preguiçosamente na grama, mas muitas vezes, Tom (e agora era impossível pensar nele como Riddle) estava com um humor mais sombrio. Ele prenderia Harry em uma árvore ou na parede de pedra áspera do chalé e o arruinaria, deixando-o ofegante e implorando, com o rosto vermelho e humilhado enquanto os olhos escuros o perfuravam, dissecando, catalogando cada reação.

Harry não conseguia dizer não a Tom, mas também não suportava dizer sim, o que efetivamente significava que Tom decidia tudo o que eles faziam juntos. Não ajudou que quase tudo que Harry sabia sobre sexo vinha da conversa improvisada que Fred e Jorge tiveram com ele e Rony quando todos dividiram uma tenda para a Copa Mundial de Quadribol. A maioria de seus conselhos era sobre fazer sexo com garotas e não era realmente aplicável a lidar com Tom.

Ainda eram apenas mãos, esfregando uma contra a outra, embora não por falta de tentativa da parte de Tom. Ele continuou tentando empurrar a cabeça de Harry até seu pênis. Uma vez, Harry precisou quebrar o nariz dele para fazê-lo parar, e eles levaram meia hora para descobrir como consertar, sentados juntos à mesa da cozinha com o livro de primeiros socorros. Tom precisou segurar um pano no rosto para evitar que o sangue pingasse nas páginas.

E isso não era tudo. Em um dia chuvoso, quando eles estavam deitados juntos na cama até tarde da manhã, Tom se aconchegou atrás dele e começou a apalpá-lo preguiçosamente. Seus quadris, sua bunda. Então ele deslizou o polegar para baixo até a fenda de sua bunda. Teria sido inócuo se ele não tivesse feito isso de novo, e de novo. E então esfregou lá, encontrando seu buraco através de sua cueca.

Harry ficou dividido entre a excitação e o aborrecimento.

- Não estamos fazendo isso.

- Não estamos fazendo o quê?

Harry não ia dizer em voz alta.

- Foder, é isso que você quer dizer?- Tom perguntou, ainda tocando-o em lugares que não deveria.- Você é uma virgem tão corado.

- Você não pode fazer sexo comigo e me provocar por ser virgem. Você pode ter um ou outro e já escolheu.

- Mas você ainda é virgem, Harry. Você realmente acha que o que fizemos conta como sexo? Se você apenas me deixasse te foder.- ele acentuou a declaração com uma pressão firme de seu polegar.- Apenas me deixasse entrar em você, eu faria você gemer e gozar...

- Foda-se.

Tom agarrou seu ombro e tentou empurrá-lo para a frente. Harry lutou com unhas e dentes, mas Tom apenas riu em seu ouvido.

- Ah, não vou fazer isso agora. Mas eu conheço você, Harry, um dia desses você vai ficar curioso...

Ele puxou a cueca de Harry e montou nele de modo que seus joelhos forçassem as coxas de Harry juntas, seu pênis arrastando ao longo da fenda da bunda de Harry. Furioso e inacreditavelmente excitado, Harry se encolheu contra o colchão enquanto seus dedos se curvavam em torno do cabo de sua varinha. Quando ele finalmente gozou, as faíscas que saíram da ponta incendiaram o travesseiro.

Tom extinguiu o fogo com um Aguamenti e o provocou impiedosamente por semanas depois.

Outras coisas eram mais fáceis. Conversando durante o café da manhã. Cozinhando juntos. Lendo à noite, Harry se enroscava na poltrona, enquanto Tom deitava de bruços no tapete como um gato satisfeito. Eles não eram exatamente amigos (Harry não sabia o que eram) mas era incrível a rapidez com que você se acostumava com alguém com quem vivia e, em muitos aspectos, era fácil conviver com Tom. Ele fazia sua parte na limpeza e era um conversador fácil e espirituoso.

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