Com seu coração ainda de luto com perda de sua esposa, Lalisa Manoban encontra-se em um momento completamente e novo em sua vida. Todavia, certo dia tudo muda, ao ser chamada para comparecer com urgência na escola de sua filha - Ella - sua vida muda...
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Com o passar dos anos a vida nos tira muitas coisas, isso vai de pessoas a objetos, porém, há uma coisa que a vida nunca nos tira...memórias. Você lembrar daquela pessoa em específico, venha essa memória por um cheiro ou a algo ou lugar, mas sempre terá aquela sensação de familiaridade.
Onze anos atrás minha mãe estava casando com a melhor pessoa que o universo poderia nos presentear. Eu não poderia pedir nada melhor que isso, pois, a felicidade e calmaria tem no acompanhado desde então.
O espaço que sempre tive para descobrir quem eu queria ser, escolher quem eu queria ser sempre fora algo surreal, mas ao mesmo tempo gratificante. Mama sempre esteve ali para me apoiar e devo a ela o mundo.
— Existe uma verdade universal que todos temos que encarar, queiramos nós ou não, tudo em algum momento acaba. — Todas essas pessoas me encarando me causa uma sensação de estranheza no estômago. Talvez o motivo que me escolheram para o discurso de formatura do ensino tenha sido justamente esse, meu desastre em encarar os sentimentos logo de cara — Mesmo tendo ansiado por esse dia, eu nunca gostei de términos.
Nunca fui boa em receber de coração aberto quando algo finalizava, muito menos em partidas, mesmo tendo que lidar com elas desde o momento em que nasci. Ainda é ferida em processo de cicatrização.
— O último dia de verão, a página final de um bom livro, se separar de um grande amigo... — EL estava ali, atrás de todos os outros formandos, viera apenas para me ver e isso é mais do que eu poderia pedir, mesmo que isso dure por poucos minutos e digamos adeus para os restos de nossas vidas.
— Mas...os finais são inevitáveis. As folhas caem. Você fecha o livro...você diz adeus... — O seu sorriso me atingiu da forma mais triste que poderia, mas ainda assim, consegui perceber uma certa felicidade e orgulho.
— E hoje é um desses dias...para nós. Hoje dizemos adeus para tudo o que nos foi familiar, tudo o que nos foi confortável. Seguiremos em frente. — Cada parte de mim caía aos poucos e, agora, eu podia ver que para ela também estava doendo. Omma Jen passou um dos braços por cima dos ombros do meu pequeno anjo da guarda, o que fez seus olhos transbordarem ainda mais.
