Capítulo 11

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MATHIAS SAVÓIA

O dia estava ensolarado em Londres, e a cidade parecia viva como nunca. Enquanto eu e Emma entrávamos no hotel, eu não conseguia tirar os olhos dela, mesmo que seu olhar estivesse fixo em todos os cantos da recepção.

— Meu Deus! Isso é lindo. — Emma exclamou com admiração, seu olhar brilhando de encantamento. Eu revirei os olhos, contendo um sorriso.

— Ainda estamos na recepção, Emma.

Ela se virou para mim, o sorriso ainda nos lábios, como se estivesse saboreando cada detalhe.

— Não importa! Qualquer lugar em Londres é lindo. — ela suspirou, apaixonada pela cidade.

— Vai ficar aí só babando o lugar ou vai me dar atenção? — perguntei, meio irritado, mas havia uma ponta de diversão na minha voz. Não é que eu estivesse implorando pela atenção da minha esposa, mas acabamos de nos casar e tudo o que ela queria era admirar o hotel, como se fosse algo que não pudéssemos ver de novo a qualquer momento.

— Está com ciúmes? — ela sorriu de maneira travessa. Eu me aproximei, reduzindo a distância entre nós, e sussurrei em seu ouvido com um tom que sabia que a faria estremecer.

— Não. — a voz rouca era apenas para ela ouvir. — Eu somente queria ir para o nosso quarto, e te foder até você não sentir mais suas próprias pernas!

Emma corou, mas ainda assim manteve a postura.

— Transamos a noite inteira, Mathias! — ela fingiu indignação, mas eu sabia que havia uma faísca de desejo nos olhos dela.

— E ainda não é o bastante, acredita? — fiz uma expressão de falsa tristeza. — Tenho necessidades, sabia?

Ela revirou os olhos de uma maneira que era quase afetuosa e saiu rebolando em direção ao elevador.

— Vai ficar aí ou virá também? — Emma provocou, já dentro do elevador, acariciando o próprio peito por cima da roupa de maneira que fez meu coração acelerar.

O quarto estava mergulhado em sombras, iluminado apenas pela luz suave que vinha de fora. Ofegantes, suados e muito satisfeitos, caí ao lado de Emma na cama. Meu peito subia e descia enquanto eu tentava recuperar o fôlego, e ao virar a cabeça, meus olhos fixaram-se em seu corpo ainda trêmulo. Seu cabelo bagunçado caía sobre seus seios, e ela tentava ajeitá-los em vão.

— Por que está me olhando assim? — sua voz quebrou o silêncio, carregada de curiosidade.

— Assim como? — perguntei, embora soubesse exatamente o que ela queria dizer.

— Como se fosse me devorar. — ela fez uma careta, mas havia um sorriso brincando nos cantos dos lábios.

Eu me sentei ao seu lado e beijei seu pescoço suavemente.

— Se eu pudesse... — murmurei, a voz baixa e carregada de desejo. — Eu te comeria o dia e a noite inteira, bela esposa.

Emma soltou uma risada suave, mas seus olhos demonstravam exaustão.

— Eu quero voltar andando, Mathias.

— Isso é para os fracos. — sorri, malicioso.

Ela estava prestes a responder, mas o toque insistente do meu celular nos interrompeu. Revirei os olhos enquanto ela ria. Me estiquei para pegar o aparelho no criado-mudo.

— Savóia. — atendi, irritado.

Oi, meu amor. — uma voz melosa respondeu do outro lado, e eu automaticamente franzi o cenho.

 O Cretino - Nova Era 7 - ContoOnde histórias criam vida. Descubra agora