Capítulo 12

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EMMA SAVÓIA

— Sério que você não vai falar comigo?

A tensão no ar é palpável, quase sufocante. Mathias está deitado na poltrona à minha frente, com os olhos fechados, o que me dá a impressão de que ele está dormindo, mas sei que está apenas ignorando minha presença. O silêncio é insuportável. Cada segundo que passa me faz sentir mais ansiosa, como se o peso do que aconteceu no restaurante ainda estivesse sobre mim.

— Não tenho o que falar com você, Emma.

Reviro os olhos, o que já é um sinal claro de meu aborrecimento. Não consigo entender por que ele está agindo assim. Dois dias sem falar comigo, apenas porque ajudei o homem que ele espancou no restaurante. Um homem que eu mal conhecia, de quem nem sequer lembro o nome, mas que estava sangrando no chão. Como não tentar ajudar?

— Eu só quis ajudar — minha voz sai quase em um sussurro, sem a força que eu gostaria de ter.

— Você sempre só quer ajudar — a resposta dele é dura, cortante, e me atinge como uma faca no peito. Não insisto, apenas suspiro e me afasto mentalmente, deixando que o silêncio preencha o espaço entre nós.

Estou tentando manter minha mente ocupada, mas o transtorno começa a sussurrar em meus ouvidos. Penso no jantar que tivemos. Será que limpei as mãos direito após tocar naquele homem? Será que toquei algo que possa ter espalhado germes para outras partes do meu corpo? E agora, neste jatinho, estou trancada com essas dúvidas que corroem minha paz.

Voltar para a Sicília parece ser a única solução. Pelo menos lá poderei começar a decorar nossa casa, algo que talvez consiga me distrair da frustração de estar com Mathias e ao mesmo tempo me sentir tão distante dele. Tento focar na decoração, imaginando cada detalhe da nossa casa, mas a tensão entre nós continua a pesar, como uma presença constante e sufocante.

Olho para o cinto de segurança em volta de mim e sinto uma súbita necessidade de me levantar, de me afastar, de colocar um espaço físico entre nós. Tentar abrir o cinto, no entanto, se transforma em um desafio. Meus dedos tremem enquanto tento puxar a fivela, mas ela não se move. A ansiedade começa a subir, e meu coração acelera. Eu odeio essa sensação de estar presa, e meu TOC amplifica tudo. Preciso sair daqui. Preciso me mover.

— Mathias... — minha voz é mais fraca do que eu gostaria. Odeio ter que pedir ajuda, mas não consigo evitar.

— O que você quer, Emma? — ele resmunga, ainda sem abrir os olhos, e por um momento penso que ele vai continuar a me ignorar.

— Tem como me ajudar aqui? — sussurro, esperando que ele possa perceber o quão desesperada eu estou. Ele abre um olho para me olhar, apenas o suficiente para avaliar a situação, mas logo volta a fechá-lo.

— É sério, o cinto está preso.

— Merda — ele murmura, finalmente se levantando e vindo em minha direção.

Vejo a irritação em seus olhos, mas ele está se aproximando, e isso me dá um alívio momentâneo. Quando ele chega perto o suficiente para tocar o cinto, sinto minha respiração se acalmar um pouco. Seu rosto está perto demais do meus seios que estão tampados somente por uma regata branca. Quando ele finalmente consegue abrir o cinto, retiro ele e encaro Mathias que tem seu olhar no meu peito, somente aí percebo que o bico está excitado.

Vamos lá, Emma. Seja uma mulher com atitude, vai atrás do que você quer.

Seguro sua mão e levo até meu peito, seu indicador começa a fazer movimentos circulares no bico e sua língua molha a ponta do outro bico. Minha cabeça está para trás na almofada e continua a chupar meu bico por cima da blusa já transparente, gemidos leves são libertos da minha garganta.

 O Cretino - Nova Era 7 - ContoOnde histórias criam vida. Descubra agora