VIVENDO O COMEÇO

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Fernanda Molina


Estar grávida é um dos momentos mais sublimes e importantes na vida de uma mulher. Afinal de contas, carregar uma outra vida dentro de si, é mágico. Essa é uma fase transformadora, na qual descobrimos o tamanho da nossa própria força e encontramos uma forma de amor que supera todas as outras.

Eu me sentia especial. Pronta para qualquer coisa. E ter ao lado, uma pessoa que realmente estava feliz por compartilhar essa fase tão boa comigo, só me deixava mais poderosa.

Meu marido, sem dúvidas era o melhor.

Depois do casamento, como um presente, Matheus enfim revelou o quarto do bebê, que ele mesmo havia decorado. As cores eram neutras e brincavam muito bem entre si. O tom cinza e branco, tanto das paredes, quanto dos móveis, deixava o ambiente acolhedor. O Papel de parede com estampa de estrelas, sem dúvida foi minha parte preferida. Também havia uma poltrona extremamente aconchegante ao lado do berço, um guarda-roupa embutido, um trocador com três repartições em baixo, uma cama de solteiro no lado oposto, bem como, um tapete fofinho, quadros encantadores e um baú cheio de brinquedos.
Meu sorriso foi de orelha á orelha.

- Amor, está tudo muito lindo. - Disse, pendurando-me em seu pescoço. - Obrigada!
- Gostou mesmo? Se quiser podemos mudar. - Ofereceu, sincero.
- Está louco? - Dei-lhe um beijo estalado. - Nosso bebê vai amar. Eu amei.

Matheus me envolveu em seus braços.

- Fico muito feliz em ouvir isso. Deu muito trabalho.

- Há quanto tempo ele está pronto?

- Desde quando comprei a casa. - Confessou - Foi o primeiro cômodo que reformei.
Eu o abracei com força.

- Tá vendo por que eu te amo?
- E eu achando que era só por causa do meu corpinho sarado. - Brincou, ao mordiscar minha orelha.

Me afastei o suficiente para encará-lo.
- É, o corpinho sarado sem dúvidas acumula mais pontos.
Rimos como dois tontos.

- Sabe, não vejo a hora da sua barriga estar enorme.
Semicerrei os olhos.

- Claro né, não é você que vai estar carregando ela. Idiota! - Esbravejei, dando-lhe um, tapa no ombro.
- AI! A culpa não é minha. Reclama com Deus que fez as mulheres engravidarem, e não os homens. - Sorriu maliciosamente.
- Deixa estar, querido. Quando nosso bebê nascer, é você que vai ficar acordado de madrugada, enquanto eu vou estar dormindo, com tampões nos ouvidos.
Uma gargalhada gostosa irrompeu o quarto.

- Veremos, meu bem! Veremos. - Passou a mão na minha cabeça, bagunçando meu cabelo.
Franzi a testa.
- Matheus Molina, ás vezes você me irrita profundamente. - Declarei com as mãos na cintura.
Atrevido, como gostava de ser, se aproximou e me roubou um selinho.
- Que graça teria, se diferisse, Fernanda Molina?
Ele tinha razão. Nossa relação era divertida, autêntica e leve.
Nunca brigávamos de verdade. As picuinhas só atiçavam ainda mais o nosso relacionamento. Éramos aliados.

Nesse mesmo dia a noite, transamos com uma vontade enlouquecedora, e na manhã seguinte, só que na banheira. Compartilhávamos de uma necessidade quase insaciável um do outro. Não só em sentido física, mas emocional também.


(...)


Apesar de estar envolta na minha nova vida. Não deixei de lado meu amor pelas crianças. Continuava indo visitar e ajudar os pequenos do instituto infantil, junto com Matheus. Todos ali, ficaram muito contentes com nosso casamento, assim como, com a gravidez. Até ganhamos uma segunda festa, feita por eles.

O irmão do meu tioOnde histórias criam vida. Descubra agora