Capítulo 10

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Vegas


Aproximamos do iate, e conversei com o capitão, que prontamente nos guiou para o terceiro andar, considerado o último. Uma mesa de jantar estava pronta, aguardando apenas a comida.

Puxei a cadeira para Tay sentar, colocando-me na sua frente. Conversamos sobre nosso dia e economia, enquanto eu, curioso sobre como ele duplicou seu dinheiro, tentava entender seus investimentos. O capitão nos serviu um drink sem álcool, já que Tay não podia beber devido aos remédios, e eu optei por acompanhá-lo.

— Fiz alguns acordos e patrocínios, mas precisei investir na fabricação. Não é muito diferente da máfia. – explicou Tay enquanto bebia.

— Não havia pensado nisso. – comentei pensativo. — Será que você pode me ajudar com uma estratégia para o negócio na máfia? Claro, sem envolver você em atividades ilícitas. – acrescentei, decidido a não comprometê-lo nessa parte.

— Posso te ajudar, já tenho algumas ideias. Se der certo, prepare-se para superar Kinn nos lucros. – disse sorrindo, animando-me.

— Se fizer isso, pode pedir o que quiser. – respondi sorrindo de lado, e Tay mostrou entusiasmo.

— O que eu quiser? – perguntou, olhando-me, e assenti rapidamente. — Vou pensar com cuidado, e aí te falo. – respondeu, e antes que eu pudesse responder, fomos interrompidos pelo jantar.

Durante o jantar, percebi Tay com uma expressão pensativa, o que o tornava ainda mais adorável.

— Qual a pergunta? – questionei, após beber vinho sem álcool e deixar a taça na mesa, e olhando para ele.

— Como sabia que quero te fazer uma pergunta? – falou, limpando a boca após comer uma almôndega.

— Você está me olhando com a testa franzida. - apontei para minha própria testa. — Então qual é a pergunta? – perguntei, aguardando a resposta de Tay.

— Qual foi sua primeira impressão de mim? Não hoje, mas na época que nos vimos pela primeira vez na faculdade. — Perguntou, tomando um gole do suco.

Parei para refletir um pouco. Naquela época, nos conhecemos enquanto Kinn e eu estudávamos administração, Tay cursava direito e relações internacionais. Meu primo e ele eram grandes amigos, e viviam juntos. Era impossível não notar Tay, sua beleza impressionava o campus. Lembrei-me de uma votação de beleza feita pelos universitários, e Tay ganhou com louvor, sendo apelidado de Barbie Angel. Kinn comentou que ele não gostava desse apelido, mas Tay permaneceu calmo diante da brincadeira dos universitários.

— No primeiro momento que te vi, achei você mimado, mas com o tempo percebi que era só uma primeira impressão. – respondi, e ele riu. Continuei. — Lembro que você se vestia bem, realçando sua beleza. De fato, aquele apelido combinava muito com você, Angel. – pisquei um olho na sua direção, fazendo Tay corar, e decidi guardar esse apelido na manga.

— Não, você não vai usar esse apelido. – disse rapidamente, olhando-me acusadoramente. Dei de ombros.

— Você me chama de gato, então justo te chamar de Angel agora. – falei, me defendendo. Tay mordeu os lábios, o que não escapou aos meus olhos que acompanharam o movimento.

— Que seja. – falou, fingindo que o apelido não o afetou, e eu sorri por isso. — Naquela época, minha primeira impressão foi que você era uma pessoa misteriosa. Acho que estava certo, mas percebo que só quem tem a sorte de passar um tempo contigo começa a te ver de outra forma. – disse, me analisando, como se pudesse ler minha alma.

Bean againOnde histórias criam vida. Descubra agora