Capítulo 8

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Tay


Fomos para o quarto de Vegas, um apartamento luxuoso com uma televisão de 55 polegadas pendurada em um painel com LED e vídeo game. A cama gigante, não era king, provavelmente mandou fazer, com lençol de seda preta, e várias estantes exibindo decorações horripilantes. Havia outras duas portas, provavelmente um banheiro e um closet.

Vegas me colocou na cama, tirando meu tênis e meia. Íamos assistir a um filme, e ele saiu para buscar doces e guloseimas. Fiquei admirando a decoração do quarto, que refletia uma parte da personalidade dele. Ao retornar, Vegas trouxe uma bandeja com pipoca, doces e salgados, segurando as muletas na outra mão. Ele deixou as muletas no canto e colocou as guloseimas na ponta da cama.

Ele foi até o closet e voltou vestido com moletom preto, me entregando um moletom azul-escuro e uma calça correspondente. Com ajuda, fui ao banheiro, mas entrei sozinho, já acostumado a vestir roupas sozinho. Ao sair, olhei para o espelho e precisei remover a maquiagem. Encontrei um algodão nas coisas de Vegas e, como não era à prova d'água, consegui remover a make, deixando apenas o batom, que era mate.

De volta ao quarto, o ambiente estava mais escuro, com a coberta e a televisão ligadas. Em meio ao debate, Vegas acabou vencendo a escolha do primeiro filme: Annabelle. Era lógico que ele escolheria um filme de terror, ironicamente, já que eu não gostava nem um pouco desse gênero, pois morria de medo.

Antes de iniciar o filme, Vegas insistiu em assistir sentado na cadeira para me deixar confortável, mas eu ganhei na discussão e sinalizei para ele ficar ao meu lado. Deitamos confortavelmente, e Vegas deu play.

Durante todo o filme, fechei os olhos nas partes mais assustadoras. Eu tinha mais medo dos filmes que se baseavam em eventos reais, e, adivinha, era exatamente uma história assim. Enquanto eu estava encolhido, Vegas me puxou para mais perto. Ficamos na posição em que eu estava quase deitado nele, com as pernas entre as dele e minha mão em seu peitoral.

— Não precisa ter medo, Tay – disse ele, fazendo carinho nos meus cabelos.

— Não gosto de filmes de terror, mas posso ver, se for assim com você – falei olhando em seus olhos e sentindo um selinho ser depositado nos meus lábios. Voltamos a assistir o filme, com Vegas fazendo cafuné no meu cabelo. Dessa forma, nem estava mais ligando para as cenas assustadoras, e ele estava super concentrado assistindo.

Fiquei comendo chocolate até que o filme acabou. Depois, colocamos o que eu escolhi, uma comédia romântica. Era minha vez de prestar atenção no filme. A mão de Vegas foi para minha coxa, e a outra para minha lombar. Continuei assistindo e rindo nas partes engraçadas.

Não sei como, mas antes do final, acabei pegando no sono. Talvez fosse o cafuné do mafioso ou a forma como estávamos deitados, com seu corpo quente me deixando confortável.

Quando acordei, o quarto permanecia todo escuro, a televisão já estava desligada, e a bandeja estava na estante. Vegas estava com as mãos em volta da minha cintura, na famosa conchinha. Mesmo com raiva de mim mesmo por sair de um lugar confortável devido à sede, culpa dos doces, consegui sair dos braços de Vegas. Pulei em uma perna só, devagar, sem fazer barulho, até onde as muletas estavam. Abri a porta, que estava fechada com a chave, e peguei a mesma. Saí para o corredor, fechei a porta com a chave; não deixaria o mafioso trancado, só iria pegar uma água e voltava.

Por ser madrugada, a casa estava silenciosa, mas não se engane, era possível ver os guardas-costas vigiando o lugar, alguns escondidos, outros apenas visíveis. Passei pelo fim do corredor e avistei uma mini cozinha, sem dúvida feita para os guardas, com garrafas de água, sucos e refrigerantes em uma geladeira, ao lado de uma máquina de café. Peguei uma garrafa de água lacrada e voltei devagar, com as muletas, na direção do quarto de Vegas. Mas ao passar em uma porta, escutei risadas, uma das vozes era de Macau, sorrir ao contatar que ele estava acompanhado de um "amigo".

Bean againOnde histórias criam vida. Descubra agora