Capítulo 4

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Vegas

Eu escutou atentamente cada palavra de Tay, surpreendendo-se com a revelação da existência de uma garota envolvida no sequestro. Considerando o massacre no esconderijo, era estranho que não houvesse registro de nenhuma mulher no local, sugerindo que alguém pode ter escapado levando consigo a garota. Percebo que Tay não compartilhou toda a verdade. Havia mais informações a serem desvendadas, mas pressioná-lo naquele momento não seria produtivo.

Quando me  dirigia à porta para buscar informações adicionais, ouviu o apelo de Tay:

- Vegas! Fica por favor.

Não conseguir esconder minha cara de surpreso, mas entendi, ele estava com medo de ficar sozinho e pegar no sono. Olhando dormir em seu coma, ele se debatia todas as noites, eram os traumas vividos do sequestro, a médica dava calmante para que não tivesse complicações. Eu velava seu sono, e ele parecia perceber que estava tudo bem.

Por fim respondi.

- Fico Tay

Sentei na cadeira, ele voltou à atenção a televisão, logo depois seus olhos se fecharam e ele pegou no sono. Fiquei alguns minutos observando sua respiração calma, quando tive certeza que ele estava dormindo profundamente. Levantei cobrir direito seu corpo, fiz um carinho nos seus cabelos e desliguei a televisão, mas deixei a luz do banheiro aceso, sempre fazia isso quando Macau era pequeno e tinha medo do escuro. Mesmo Tay sendo grande, supondo que fosse necessário caso ele acordasse de madrugada. Sai do quarto.

Fui até o escritório, e antes de fazer algumas ligações, me questionei, porque agir dessa maneira com Tay, não tinha a resposta, mas estava disposto a agir, entretanto, precisava resolver o caso da garota.


Tay



Nunca, nos últimos doze meses, dormi tão profundamente. Questiono-me sobre o motivo, mas é cedo para encontrar a resposta. A surpresa de estar novamente em Bangkok após o sequestro levanta questões intrigantes. O lugar que evitei tornou-se o cenário deste momento, virando meu universo de cabeça para baixo. Resta descobrir o porquê.

Na manhã seguinte, fiz um retrato da garota e participei da primeira sessão de fisioterapia. Atividades físicas, auxiliado por uma muleta e uma médica, enquanto Macau, oportunista como sempre, aproveitava para tirar dúvidas de matemática.

- Qual a conta nessa? - Macau disse sentado na cadeira com um apoiador de notebook, onde estava o caderno que ele escrevia as contas. E eu estava fazendo o exercício em pé ao lado da médica, para fortalecer a junta, mas com todos os cuidados. 

- Porque acho que você sabe e só quer um facilitador - falei, e a médica soltou uma risada concordando.

- Pronto! Você foi bem. Senta na cama e a enfermeira vai te ajudar no banho. - falou me ajudando a sentar na cama e indo embora.

- É, eu sabia, mas estava legal você confirmar que acertei - disse Macau me olhando e eu sorrir balançando a cabeça em negação, peguei a garrafa de água na minha frente para tomar. - Hoje eu to em casa por conta do feriado, tem problema eu ficar aqui? - questionou.

- Vou ter que aguentar você o dia todo? Vou ter que fazer esse sacrifício. - falei fingindo que sofreria, Macau me olhou incrédulo, Soltei uma risada, e ele, percebendo o truque, uniu-se ao riso.

- Como é? - provocou. - Nossa Tay, sem graça. - disse rindo. - Vou terminar esse texto enquanto você toma banho - falou apontando para a folha com atividade e depois para enfermeira que entrava no recinto.

Bean againOnde histórias criam vida. Descubra agora