Capítulo 14

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"Na vida todos temos um segredo inconfessável, um arrependimento ou amor irreversível e um sonho inalcançável." Diego Marchi


Time


Eu havia saído do hospital central de Bangkok, tinha quebrado uma costela, nariz e olhos roxos. Acabei nem conseguindo conversar com o Kinn, o que me frustra. Por isso resolvi não ir direito para casa, fiz o motorista parar em um bar.


Eu precisava beber...


Sento-me na cadeira e observo o movimento, mesmo sendo dia da semana, ainda tinha pessoas bebendo e curtindo seu dia. Peço a bebida mais forte para o barman. Precisava por meus pensamentos em ordem, eu não conseguia entender o que estava acontecendo.

Bebo um copo, dois copos, três copos, quatro copos, depois me perco na contagem. Fico sentado olhando fixamente para o balcão.


Tay..


O que aconteceu conosco? Lembro-me de acordar e dormir com você, das nossas inúmeras mensagens que trocávamos durante nossos dias, era para saber se já tinha comido, como foi a reunião e as inúmeras declarações de amor. Ansiamos para as folgas e finais de semanas chegarem para passarmos os dias juntos.

Mas com o tempo tudo foi mudando, paramos de se encontrar ao dormir, as mensagens foi diminuído, as reuniões minhas aumentando ao contrário das declarações de amor que só acontecia nas datas importantes, muitas vezes começamos a esquecer. E o tempo juntos nem existia mais.

Mas a culpa disso tudo foi minha, começou na festa de casamento de um amigo nosso em comum, ali eu cometi o primeiro erro, acabei transando com um dos padrinhos.

Ao voltar para o quarto de manhã, inventei uma desculpa, Tay não tinha percebido, acreditou que fiquei a noite no hospital com Kinn. Arrastei outro amigo para essa mentira.

Logo depois ficou um vício, eu precisava dessa adrenalina, você descobriu um ano depois, ficamos duas semanas sem se falar, até eu implorar e jurar que nunca mais falaria isso.


Você acreditou em mim, você me amava..


Entramos nesse ciclo, eu te traia, implorava falando que ia mudar, você me perdoava, ficávamos bem até acontecer tudo mais uma vez.

Por conta disso eu tinha tanta certeza que poderia fazer quantas vezes seguidas, surgiu uma confiança para levar Tem para o seu quarto, ou melhor, nosso, que era o que você falava.

Eu e Tem havíamos nos conhecidos na boate que Porsche trabalhou, e começamos a sair, ele sabia dês do início que namorava, mas não se importou. Ou melhor, me ligava diariamente, e eu gostava dessa sensação.

Agora sinto um gosto amargo na boca quando te vejo um ano depois com Vegas. Você sumiu por um ano, mudou de país, cidade e celular. Bloqueou-me de todas as suas redes sociais, e surge namorando, logo o psicopata do Vegas.





Que gosto amargo era esse na boca?

Essa ardência que sentia no fundo, na garganta?





Sou tirado dos meus pensamentos.

— Sabe, normalmente as pessoas vêm para o bar para esquecer os problemas, mas nunca tinha visto uma pessoa tão quebrada como você em plena quinta-feira. – quem diz isso a mim é uma mulher alta, morena, cheia de tatuagens e piercings. Está vestindo uma calça jeans azul rasgada na coxa, blusa branca e jaqueta de couro presta completa sua vestimenta. Está ao meu lado no balcão, onde ela bebe um suco, pela cor parece ser laranja, quem vem ao bar beber suco?

Bean againOnde histórias criam vida. Descubra agora