POV: LarissaLúcia: É pra isso que você sai cedo de casa Ohana? Você vem pra cá ficar de graça com GAROTAS?
Ohana: Não mamãe, eu juro.
Lúcia: Você jura Ohana? você JURA?
A mulher começou a se aproximar mais, e aquilo fez Ohana engolir seco. Notei seus olhos marejarem e suas mãos ficarem tremulas. Ela era sensível. Eu estava começando a ficar nervosa por ela.
Lúcia: Eu já esperava que você iria me decepcionar, mais eu não imaginava que iria ser a esse tamanho. Como pode Ohana? Você se orgulha disso? Saindo com garotas, era só o que me faltava.
Ohana: Eu não tô saindo com ela mamãe, quando eu cheguei ela já estava aqui, eu apenas sentei ao lado dela. Estava frio e ela me ofereceu a coberta. Por favor acredite em mim mamãe.
Ohana estava começando a ter uma crise de choro ali e tudo que eu pude ouvir foi o tapa que mulher deu na cara dela. Aquilo doeu em mim. Por impulso eu me levantei, Ohana abaixou a cabeça e o choro veio mais forte do que antes. Antes que eu pudesse me aproximar a mulher deu outro tapa, fazendo Ohana cair no chão com a mão no rosto.
Larissa: PARA! Você está machucando ela, não está vendo? Ela está falando a verdade, e a culpa não foi dela. Eu que chamei ela pra sentar do meu lado porque tava frio e ela não tinha coberta.
Lúcia: Não ouse chegar perto da minha filha outra vez, tá me ouvindo? NUNCA MAIS
Ohana se levantou atrás de mim, limpando as lágrimas que não paravam de cair. Lúcia me empurrou pro lado e segurou no maxilar de Ohana, a fazendo olhar pra ela.
Lúcia: Você pode sair com 50 homens na mesma noite e namorar 20 homens ao mesmo tempo. Mais nunca namore uma mulher, ja tivemos essa conversa antes, não me faça ter denovo.
Ohana: Ela não é minha namorada mamae.. - Ohana foi interrompida
Lúcia: Fique quieta enquanto eu tiver falando Ohana. Vá logo pescar, seu pai está esperando. E não demore. Vou contar tudo a ele sobre o que aconteceu aqui.
Ohana: Mamãe por favor, não conte a ele... isso não vai mais se repetir. Eu prometo.
A mais velha apertou e soltou o maxilar da loira, me olhou de cima abaixo e apenas deu as costas caminhando de volta pra calçada. Ohana caminhou até os baldes e se agachou, abaixando a cabeça. Esperei a mãe dela sair de vista e me aproximei. Não sabia muito o que falar naquele momento. Não sabia se ela estava com raiva de mim. Me agaixei ao seu lado e levei a mão a suas costas. Ela estava chorando e não era pouco. Sua respiração estava descompassada e as mãos tremulas denovo.
Larissa: Ohana me desculpa... não foi minha intenção te causar isso. Me desculpa mesmo.
Ohana: Não foi sua culpa..
Ela falou entre soluços, estava com dificuldade até pra respirar. Me levantei e segurei em seus braços induzindo-a levantar também.
Larissa: Vem cá...
Segurei seus braços e rodeei em volta da minha cintura, iniciando um abraço. Deitei sua cabeça em meu peito e a abracei forte, como se fosse meu único objetivo.
Larissa: Ela já foi 'tá? Vai ficar tudo bem. Olha pro mar e respira fundo. Você consegue.
[...]
Ela já estava bem mais calma, ja tinha conseguido parar de chorar e ja tinha tomado a água que eu comprei enquanto ela arrumava os equipamentos pra pescar.