(Se preparem para a boiolisse. )
POV Larissa:
Quando Ohana mandou mensagem, eu estava dirigindo de volta pra minha casa, quando eu li o que ela escreveu, meu coração disparou e eu mudei a rota no mesmo segundo. Pisei fundo no acelerador e fui desviando dos carros. Com certeza eu iria receber mais de 20 multas por excesso de velocidade, mas isso não me importava.
Por sorte o trânsito estava só começando, caso ao contrário eu iria passar o carro por cima de todo mundo. Tentei ligar pra Ohana mil vezes mas ela não atendia, isso me deixou ainda mais desesperada.
Quando cheguei na casa dela, desci do carro as pressas e fui até a porta principal, tentei abrir mas estava trancada e provavelmente ela não conseguiria vir abrir. Tive que correr para os fundos e entrar pela lavanderia, que por sorte não estava trancada.
Entrei as pressas e fui olhando os cômodos de baixo, quando cheguei até a sala, Nino veio da cozinha e começou a latir igual um louco e depois parou quando me reconheceu, provavelmente achou que era um ladrão. Ele saiu correndo pra cozinha novamente e eu fui atrás dele.
Quando cheguei lá, encontrei Ohana sentada no chão, chorando e segurando a própria cabeça, ela tremia muito, toda parte do corpo dela estava tremendo. Corri até ela desviando do copo quebrado e do suco que escorria pelo chão.
Larissa: - Ei, ei, cheguei. Olha aqui pra mim. - falei tentando passar calmaria e me agaixei em sua frente, em seguida apoiei minhas mãos sobre as suas. Ela me olhou com uma expressão dolorosa.
Ohana: - Tá doendo muito, vida... - ela falou com dificuldade enquanto soluçava, ela tirou a mão debaixo da minha e colocou sobre, depois pressionou forte sobre sua cabeça. - Faz parar, por favor, faz parar... - ela implorou chorando, sua voz dolorosa cortou meu coração.
Larissa: - Foca em respirar meu amor, olha pra mim... - pedi calma e ela me olhou chorosa. - Puxa devagar pelo nariz e solta pela boca, me acompanha.
Ohana: - Eu não consigo, não estou conseguindo, Lari, dói.- ela começou a se desesperar e a se mexer, depois cravou as unhas no meu braço.
Larissa: - Não. Não se desespera, você consegue. - ela estava começando a suar frio, pelo medo. - Ohana olha pra mim, você tem que focar em mim, vida. Não precisa se desesperar. - falei passando calmaria pra ela e segurei o seu rosto. - Me acompanha, você consegue. Puxa o ar pelo nariz e solta pela boca. - quando ela conseguiu puxar o ar, levei minha mão um pouco abaixo da cravícula dela e comecei a massagear com movimentos rotatórios.
Larissa: - Isso meu amor, você está conseguindo, continua. - fui acompanhando e estimulando ela a continuar até que ela conseguisse regular a respiração.
(...)
Quando Ohana se acalmou totalmente, ajudei ela a se levantar do chão e a se sentar no banco ao lado do balcão. Ela pediu um remédio específico e eu entreguei pra ela com um copo de água, em seguida comecei a limpar o chão que estava sujo de suco e cacos de vidro.
Ohana me olhava enquanto eu limpava e as vezes começava a olhar para o famoso vazio. Nino olhava pra ela desconfiado, devia estar assustado e confuso. Depois que passei pano, devolvi tudo pra lavanderia e lavei minhas mãos, voltei pra cozinha e enxuguei as mãos antes de pegar o Nino no colo.
Larissa: - A mamãe já está melhor garotão, olha. - aproximei ele perto de Ohana e ela deu carinho na cabeça dele em seguida deixou um beijinho, ele abanou o rabo todo feliz e eu devolvi ele pro chão, ele caminhou tranquilo até a sala.
Larissa: - Eu estava procupada com você, pelo visto ele também. - sorri e me aproximei dela, fiquei entre suas pernas e ela repousou a mão em minha cintura. O banco era alto e deixava ela praticamente na mesma altura que eu. Segurei seu rosto delicadamente e alisei com o polegar, fui passando o dedo em cada cantinho dele enquanto ela me olhava e desviava o olhar logo em seguida.