Capitulo 3

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A SELEÇÃO

— Aproximem-se um a um do caldeirão — pediu uma voz feminina ecoando pelo salão. Todos olharam de um lado para o outro a procura do ser que havia dito aquilo e apenas Hannah encontrou a direção certa. Quem disse aquilo não estava no chão igual a eles, estava de ponta a cabeça no teto de pedra e se tratava de uma mulher de longos cabelos vermelhos. Outras três pessoas estavam ao seu lado e eles os encaravam lá de cima como se fossem gados.
— Ali, vejam — um dos garotos apontou para cima atraindo a atenção de todos e nesse momento a mulher tomou impulso e aterrizou atrás do caldeirão. Seus olhos eram vermelhos, ela usava uma capa preta com vermelho escarlate e esta cobria todo o seu corpo.
— Eu sou Akimia, a vampira — ela fez uma reverência aos alunos enquanto seus olhos vermelhos percorriam todo o salão.
— Eu sou Zaratras, o lobisomen— o segundo a aterrizar foi um homem negro alto que usava um Dread muito bem feito. Este também estava de capa, o que impossibilitava ver o que vestia por baixo.

— Lucius, o caçador — o terceiro saltou e fez uma pose ao arerrisar. Seu cabelo castanho estava penteado igual ao do pai de Hannah, a diferença era que Lucios deixava alguns fios sobre a testa.
— Sarina, a demonia  — a última mulher desceu do teto mas de uma maneira diferente dos outros, ela simplesmente desapareceu em uma névoa negra e surgiu ao lado dos demais. Seus cabelos eram curtos e negros, dois pequenos chifres vermelhos estavam expostos entre alguns mechas e o batom preto em sua boca ficava chamativo devido a palides de sua pele.
— Nós seremos os seus professores neste primeiro ano de aulas, somos experientes quando o assunto é lidar com novatos então não tentem nenhuma gracinha — Akimia falava com um sorriso no rosto, de todos os professores ela parecia a mais animada — todos irão receber uma capa de acordo com sua classe. Os vampiros usam capas vermelhas, lobisomens roxo, demônio capa preta e caçadores capas douradas. Isso vai servir para identifica-los e sem mais demora formem uma fila única na frente do altar.

Os alunos obedeceram ao pedido e Hannah era a sétima da fila. Akimia chamou o primeiro aluno e este estava tremendo de nervosismo.
— Qual é o seu nome? — Akimia perguntou enquanto os demais professores encaravam o aluno de braços cruzados.
— É Abby, senhora... — O jovem respondeu mas sem tirar os olhos do caldeirão a sua frente.
— Ele está com medo, muito medo — Sarina lambeu os próprios lábios e sua língua era maior que o normal.
— Não assuste nossos alunos, Sarina — pediu Akimia virando-se para a colega — pelo menos não ainda — em seguida ela se voltou para o jovem — não se sinta ameaçado, ela adora assustar os novatos, ela se alimenta do medo. E cá entre nós, vocês todos estão fedendo a medo. Mas não se preocupem pois em breve se sentirão em casa. Agora mergulhe a sua cabeça no caldeirão e quando ouvir uma voz, a erga novamente.

O jovem deu mais três passos a frente e encarou o líquido avermelhado dentro do caldeirão, de início hesitou mas tomou coragem ao ser incentivado pela professora. Ele mergulhou a cabeça dentro do líquido e num impulso repentino a ergueu novamente, molhando o chão a sua volta e respirando ofegante. Ao abrir os olhos, que antes eram azuis, agora brilhavam dourado.
— Caçador — disse Lucius bateu palmas — fique atrás de mim, meu jovem — pediu ele e Abby obedeceu. A partir dali todos começaram a entender o que deviam fazer, primeiro colocavam a cabeça dentro do caldeirão e depois seguiam até o seu professor de acordo com a classe. Hannah foi a sétima e por algum motivo as palavras do seu pai estavam passando em sua mente sobre não ser uma vampira. Ela deu passos até o caldeirão, olhou profesdor por professor e em seguida mergulhou a cabeça no caldeirão. Um líquido gelado cobriu todo o seu rosto e ela podia ver claramente uma lua de sangue, morcegos voando a noite, criptas e uma voz aguda gritou em seus ouvidos: Vampira.
Algo empurrou seu rosto para fora do caldeirão e seus olhos agora brilhavam em vermelho escarlate.
— Vampira — Akimia bateu palmas essessivas — vamos nos dar super bem.
Hannah ficou atrás de Akimia enquanto os demais alunos seguiam para o altar, ela havia se tornado aquilo que o pai mais menosprezada, se perguntava como seria a relação dos dois agora. Vampiros e lobisomen viviam implicando uns com os outros e Hannah não entendia qual era a lógica em colocar essas duas classes para estudarem juntas. A cerimônia continuou por mais de duas horas e quando chegou ao fim, cada classe possuía exatos vinte alunos, os demais que foram recusados por serem de classes diferentes tiveram que ser teletransportados para outras escolas.

— Agora que terminamos — Lucius começou a falar e todos prestaram atenção — cada classe siga o seu professor, vamos guia-los até os dormitórios.
A porta do salão foi aberta e cada fileira de alunos seguiu o seu professor, Hannah ficou na fila atrás de Akimia e seguiram por corredores diferentes dos demais professores. O corredor por onde andavam possuía um longo carpete vermelho e pelas paredes haviam quadros de antigos diretores e professores da classe dos vampiros. Em um desses quadros estava o mais famoso, Dracula, segurando um pergaminho e um cálice. Vários murmúrios foram emitidos pelos alunos ao passarem na frente da imagem.
— Aqui — Akimia parou perto de uma porta marrom redonda que possuía apenas um olho mágico em seu centro — chegamos no dormitórios das mulheres.
— Vamos adorar ele — disse um dos jovens e os demais riram.
— Claro que vão — Akimia sorriu encarando-o — venha aqui, não seja tímido — ela o chamou e sem ter escolha alguma ele foi até ela.
— Calma, era só uma brincadeira — ele disse buscando apoio de seus colegas que riram mas acabou sendo ignorado.
— Calma, eu sei que era — Akimia posicionou a mão no ombro do jovem — então, Jordan, certo?
— Sim, você memorizou o meu nome, incrível.
— Os vampiros como nós possuem memórias essepcionais, tanto para nomes quanto para rostos. Mas que tal a gente fazer um experimento, Jordan. Como eu disse antes, aqui é o dormitorio das meninas, por que não tenta espiar pelo olho mágico?
— Não, Não. Senhora, eu estou bem aqui — Jordan recusou.
— Mas você não estava animado para conhece-lo? Agora vai olhar sim, é uma ordem.
Jordan ficou encarando Akimia sem entender nada e como a mulher por si já era ameaçadora o suficiente ele a obedeceu, ao aproximar o rosto do olho máximo uma força invisível o arremessou com força contra a parede oposta a porta.

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