Capítulo 15

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Melissa deu passos a frente e ergueu sua mão, fazendo surgir o seu cajado de maga. Este possuía o bastão prateado com uma enorme pedra roxa cintilante cravado em sua ponta.
— E agora? — ela encarou a professora.
— Agora tente ataca-lo. Aponte o cajado para ele deixe a energia percorrer todo o seu corpo indo ao encontro do cajado.
Melissa fez o que Akimia disse, apontou o cajado para o Guru mas nada aconteceu, o que fez a criatura apontar e rir da cara da aluna.
— Seria melhor se você usasse o meu cajado — a criatura seguiu zombando.
— Eu já esperava por isso — comentou Akimia — veja bem, Melissa. Imagine que dentro de você existe um órgão feito internamente de luz, agora se concentre neste órgão e imagine uma grande quantia de energia saindo dele, passando pelo seu braço como sangue e indo até a ponta do cajado.

— Tudo bem — ela se preparou — vamos lá, eu consigo — Melissa apontou o cajado e desta vez uma grande bola de luz branca emergiu de sua ponta e disparou como um tiro em direção ao Guru. Que apenas abriu uma enorme boca e a engoliu sem dificuldade.
— Gosto de galinha. Mande mais.
— Parabéns, fez seu primeiro ataque. Próxima — pediu Akimia.
A fila começou a andar, guerreiros, magos e arqueiros, todos fazendo seus ataques seguindo as instruções da professora mas ninguém era capaz de deter a bola monstruosa de pelos zombeteira. Ele engolia ataques, desviava de outros e até suportava os demais, sempre fazendo comentários e rindo dos alunos que mesmo perdendo, ficavam felizes por estarem aprendendo.

Quando chegou a vez de Hannah todos pararam para observar, assim como ela, eles estavam curiosos para saber o que a garota faria, visto que ainda não havia despertado sua subclasse. Ela ficou parada, constrangida e tímida, olhava para a criatura e para a professora. Seguiu as instruções que havia escutado, imaginou um órgão de energia, mentalizou a energia passando pelo seu corpo e ergueu o braço. O bracelete brilhou intensamente como da última vez mas nada aconteceu.
— É só isso? — O Guru ficou sem entender nada — Ah sim — ele sorriu — estou entendendo, você ainda não tem uma subclasse. Estão me colocando para enfrentar uma pessoa que nem subclasse tem — ele gargalhou enquanto fazia uma dança tosca.
— Próximo — pediu Akimia e Hannah saiu da fila e foi ficar encostada em um dos pilares. Não iria tentar novamente.

— Frustrante, não é? — uma voz masculina familiar ecoou em suas costas. Ela virou-se e viu Drack encostado na parede do pátio a observando.
— O que você quer comigo? — ela foi direto ao ponto — sei que está me observando.
— Você é diferente. Não posso dizer mais nada — ele aproximou-se dela — posso ver?
— Ver o que?
— Suas mãos.

Ele segurou as mãos de Hannah, analisando e as virando, vendo a frente e a palma. Em seguida encarou Akimia, que também o observava de longe. Ela deu um sorriso maligno para ele.

— Agora eu entendi tudo — Drack falou entre dentes, parecia zangado com algo.
— O que? O que tem nas minhas mãos?
— Nada. Não tem nada — foi só o que disse antes de dar as costas e desaparecer escola a dentro.
Hanna ficou ali parada observando os demais alunos fazendo várias e várias tentativas fracassadas de vencer a criatura peluda e tempos depois a professora encerrou a aula e dispensou os alunos. Visto que todos estavam retornando para dentro da escola, Hannah fez o mesmo mas foi barrada por Akimia que colocou a mão sobre o seu ombro direito.
— Você fica.
As demais amigas de Hannah viram aquilo mas decidiram não se meter para não encrencar a mesma. Talvez a professora quisesse apenas dar mais instruções e dicas.
— O que eu fiz agora? — Hannah estava começando a se irritar com aquela situação e ainda era o primeiro dia de aula. A professora havia invadido sua mente, Drack a observava por todos os cantos, ela não havia conseguido despertar sua subclasse e agora isso.

— Você não fez nada, muito pelo contrário. Você vai fazer. Me siga.
Hannah seguiu Akimia pelo pátio, ambas aproximaram-se de Guru.
— Já posso voltar pro conforto da minha caixa? Essa garota aí é uma grande perda de tempo.
— Morra, Guru — um arco de tamanho médio surgiu bem ao lado da cabeça da criatura e em seguida uma flecha foi disparada, perfurando sua cabeça e saindo do outro lado. Guru caiu sem vida, assustando Hannah.
— Ele era bem desbocado, mas precisava disso? — ela cobriu a boca.
— Se acostume, Hannah. A partir de hoje você viverá vendo mortes, será a morte, fará parte da morte.
— Não entendi.
— Mas vai. Use novamente o seu poder, mas desta vez aponte para O Guru — a professora se posicionou atrás de Hannah. Ela parecia excitada com aquela situação.
— Usar meu poder nele? Mas eu não tenho um poder, eu acho. E olha só para ele, já está morto.
— Apenas me obedeça. Faça o que eu pedi, use seu poder nesta criatura fraca e inútil.

Hannah não via outra saída se não fazer o que lhe era ordenado. Ela estendeu sua mão sobre o corpo de Guru, o bracelete começou a brilhar e no instante seguinte uma névoa negra começou a emergir de dentro da boca da criatura e seguiu para dentro da mão de Hannah, fazendo a garota sentir uma grande energia correndo pelo seu corpo.
— Uau — ela encarou a palma da própria mão, tentando entender o que estava acontecendo.
— Agora use-o, invoque-o, faça com que ele seja o seu servo — pediu Akimia sorrindo.
Hannah não ergueu a mão, dessa vez ela apenas a fechou e a sua direita uma fumaça negra subiu do chão, tomando a forma exata de Guru. A diferença era que desta vez a textura de sua pele e pelos eram muito mais escura, como trevas.
— Quem eu devo matar? — Guru falou com o mesmo tom de antes, rindo e pulando.
— Parabéns, agora você acabou de despertar a sua subclasse. A mais rara entre todos os reinos e a mais temida de todas. Seja bem vinda ao mundo dos monstros. Hannah, a necromante.

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