Questão de tempo. - Mailila.

Capitulo 4

Diferença.

Marília narrando.

— Já está pronta? Podemos ir? - Pergunto entrando no closet.

— Estou. - Ela diz sem nem ao menos me olhar e sai indo a caminhada da porta do nosso quarto.

Respira! Tá tudo bem! Tento repetir essas palavras várias e várias vezes em minha cabeça, pra me convencer de que realmente as coisas estão indo bem.. ainda.

Desço as escadas atrás dela, pego a chave que está em cima da mesinha de centro da nossa sala. Vou até a porta e então a vejo parada ao lado do nosso carro esperando pra poder entrar.

Aperto o alarme do carro pra destravar as portas, em fração de segundos ela entra. Eu me aproximo do carro e então entro no mesmo. Coloco meu cinto e olho pra ela, enquanto ela coloca o dela.

Dou partida no carro e seguimos caminho um barzinho que havíamos marcado de encontrar alguns amigos nosso. Todo o caminho fazemos em silêncio, ela não diz nada, parece está perdida em suas pensamentos.

Em menos de trinta minutos já estávamos na frente do barzinho, sigo com carro até o estacionamento do mesmo e então o estaciono e o desligo. Paro por alguns segundos pensando se deveria ou não dizer algo.

— Nossos amigos já estão nos esperando. - Ela diz abrindo a porta e saindo do carro.

— Tudo bem. - Falo mesmo sabendo que ela não conseguirá ouvir.

Saio do carro e aciono o alarme do mesmo. Ela da volta e então espero pra que ela se aproxime de mim.

— Vamos, já estamos atrasadas. - Ela diz saindo em minha frente.

Olho em meu relógio e me certifico que estamos no horário, nem mais nem menos. Exatamente no horário que havíamos marcado.

— Amor, me espera.

Ela nem se quer olha pra trás, só apenas diminuiu os seus passos até que eu consiga a alcançar. Caminho ao teu lado até entrarmos no barzinho. Mas, diferente das outras vezes, hoje nossa mão nem se quer se tocaram. Estávamos perto, mas a sensação que tive durante a pequena caminhada até chegar a entrada do barzinho foi que estávamos a quilômetros de distância e aqui fez meu coração errar as batidas de uma forma ruim.

Assim que chegamos o Bahia e a Maraisa nos olharam e não disseram nada de primeira. Percebem que estavam no encarando por tempo suficiente pre que aquele momento se tornasse  estranho, então eles apenas sorriram e então nos cumprimentaram.

— Chegou o casal mais top de Goiânia. - Bahia fala animado.

O olho e dou risada, me aproximo e dou um abraço, acompanhado de um beijo em cada um deles.

— Como vocês estão? - Maraisa fala nos olhando.

— Bem. - Falei, puxando uma cadeira pra Mai sentar e logo em seguida uma pra mim.

Foi o máximo de palavras que conseguir dizer pra de fato descrever como estávamos. Na verdade, não tinha muito o que falar, se nem eu ao menos sabia como estávamos.

Já tinha alguns semanas que estávamos nesse clima, pra ser mais exata a mais de um mês. No começo achei que fosse apenas cansaço dos shows que estávamos fazendo, foi puxado o mês. Hoje é o meu primeiro dia de folga, e da gêmeas o segundo.

— Tá tudo bem com você? - Pergunto preocupada.

— Tudo bem. - Ela me olha e logo desvia seu olhar do meu.

Olho em volta e vejo a Maraisa me olhando, dou um sorriso sem graça pra ela e ela retribui.

— Preciso beber. - Maiara diz pegando o cardápio de bebida que estava em cima da mesa.