12.

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POV Kim:

Entro na sala de aula e percorro meu olhar por todo o ambiente, em busca daquele rosto que tanto desejo ver. Porchay não está na carteira que havia se sentado nas últimas aulas, talvez chegue atrasado hoje. Decido me sentar e aguarda-lo.

Cumprimento Big, Arm e Pol que estão sentados nos seus locais de costume. Não estou de bom humor hoje, então apenas fico quieto no meu canto.

Se passam quinze minutos e o professor chega, mas não há nem sinal do garoto. Me remexo no meu lugar e suspiro frustrado.

Eu só quero esclarecer as coisas com ele.

...

— Então eu quero que vocês ensaiem uma música com a dupla de vocês e tragam uma apresentação daqui duas semanas. — O professor passa as instruções da avaliação para toda a turma.

Ele deu um prazo de duas semanas para ensaiarmos uma música e apresentarmos com a nossa dupla, que no meu caso será Porchay, pois nos sentamos juntos nas últimas aulas de Prática Musical.

Assim que o professor termina sua explicação, o sinal do final da primeira aula do dia bate. Pego minha mochila, que eu nem havia mexido e saio às pressas da sala, não dando oportunidade para algum dos meninos puxarem assunto.

Ando em direção a saída da faculdade, tomando rumo até onde minha moto está estacionada. Não penso muito ao subir na moto e dar partida, tentando me lembrar do caminho que percorri no outro dia.

POV Chay:

Acordo assustado assim que escuto alguém batendo na porta. Batendo é apelido, alguém estava macetando a porta.

— Mas que porra? — Pego o celular e vejo o horário, ainda são dez da manhã.

Não pode ser Porsche, ele acabou de sair para viajar, e ele não bateria na porta caso tivesse voltado, afinal, ele tem a chave reserva.

Esfrego os olhos, ainda sonolento. Calço minha pantufa e vou até o banheiro, jogo uma água no rosto e coloco um pouco de enxaguante bucal na boca, fazendo um gargarejo. A pessoa que espere, não chamei ninguém para vir encher meu saco nos meus aposentos essa hora da manhã.

Desço a escada e só percebo que, para pessoa estar batendo na minha porta, ela tem que passar pelo portão, mas o meu só abre com controle. Okay, agora estou um pouco assustado!

— Porchay, sou eu! — Alguém grita atrás da porta.

Eu quem? Essa voz não é estranha.

Por que caralhos o Kim está macetando minha porta essa hora?

Eu não acredito que faltei da faculdade para não ter que encarar ele e o maldito veio até a porta da minha casa.

Bufo irritado e vou em direção a porta, abrindo-a.

— Oi. — ele diz, sem graça.

— Como você entrou aqui? — falo, sem delongas.

— Eu pulei o portão. — diz e apoia os braços no batente da porta.

— Nossa, mas então tá fácil assim invadir a casa das pessoas? Esqueceu a educação na sua? 

— Eu tentei te ligar, mas só deu caixa postal. — se explica.

Eu realmente coloquei meu celular no modo avião mais cedo.

Continuo encarando-o e esperando que ele fale algo, afinal, ele que veio até aqui.

I loved you first | kimchayOnde histórias criam vida. Descubra agora