O depoimento de Yoona

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Não sabia ao certo por onde deveria começar, as pesquisar sobre Jeongin era tão inúteis que nem mereciam estar numa pasta, mas algo nos documentos me chamou a atenção, Yoona tem um depoimento descrevendo o que lhes puxou para fora de casa naquele dia, era uma nave preto fosco com um símbolo bem grande ao lado.

Mas uma nave? Será que não era um avião pequeno? Ou um helicóptero? Aquele dia é meio que um borrão na minha cabeça, não me lembro de muita coisa mas lembro de Jeongin caindo morto e de quem atirou nele.

— Raven... — Meu coração se acelera quando ouço a voz de Christopher atrás de mim, eu estava sentada em uma das mesas do refeitório da SN quando ele apareceu. Me virei em sua direção e senti dor ao olhar para ele, ter que falar com ele daquele jeito doeu muito mas foi preciso.

— Oi. — Digo, deixando com que aquela simples palavra saísse por minha boca.

— Tinha me esquecido do quando a sua voz é bonita... — Minha voz... Estou falando normalmente desde o dia em que Minho me atazanou na sala de treinamento, será que ele percebeu? Christopher acha a minha voz bonita? As minhas bochechas estão ardendo por algum motivo.

— O que você quer?

Ele parece murchar quando digo e me viro para frente tentando ignora-ló.

— Você não tem nada para me dizer?

— Tipo o que? — Ele se senta ao meu lado no banco do refeitório e eu me viro para encara-lo, Christopher parecia assustado, abismado, sem reação, mas no fundo sentia que não tinha nada pelo o que me desculpar. Tudo o que eu estava fazendo era protegê-lo.

— Tudo bem, vejo que eu realmente não sou importante para você. — E ele se levantou completamente furioso ou talvez só muito magoado, mas era melhor assim, dessa forma ele não tentaria me ajudar. Mas ele era o meu único amigo e eu estava o machucando, me viro para trás na intensão de chamo mas quem está atrás de mim é Satanás.

— O que você quer, Minho? — pergunto ainda tentando ver se Christopher ainda estava ali e ele estava, olhou para mim e Minho e em seguida virou-se sumindo pela porta do refeitório.

— Sei o que está fazendo. — ele diz ao se sentar ao meu lado, meus olhos se reviram com tanta força que até acho que vão ficar presos em meu crânio.

— Parabéns.

Ele rir

— Eu posso ajudar você a achá-lo, se quiser.

— E por que eu iria querer a sua ajuda? — Eu o encaro, ele sempre parecia estar achando graça de mim e eu odeio isso.

— Só acho que seria melhor não fazer isso sozinha.

Fecho a pasta na página do depoimento da minha mãe e encaro Minho mais uma vez, ele parece ser tão intrometido, não parece se tocar de que eu não o quero por perto, nem ele e nem ninguém.

— Não preciso que ninguém tome conta de mim, eu sei me virar sozinha. — levanto do local onde estava sentada e caminho para fora do refeitório com a pasta em minhas mãos e para longe de Minho.

Mas eu sou mesmo muito azarada, ele vem correndo logo atrás de mim.

— E o seu trabalho? — pergunto sem me virar para ele, abro a porta do refeitório e passo por ela, Minho me segue vindo logo atrás.

— Não se preocupe com isso, gatinha. — eu me viro quando ouço me chamar daquilo mais uma vez, ele sorrir como se tivesse ganhando um prêmio. — Tenho que chamá-la de gatinha para você poder olhar para mim? Isso é novo.

— Novo vai ser quando eu o colocar à beira da morte, não enche a minha paciência, se quer me ajudar ótimo, mas não me chame assim.

Não tenho ideia do motivo que me levou a aceitar que ele viesse comigo, mas eu aceitei. Devolvi a pasta ao seu devido lugar e sai do prédio com Minho vindo logo atrás de mim, ele me perguntou para onde estávamos indo várias e várias vezes mas mesmo que eu não tenha lhe contado ele continuou vindo atrás de mim como um cachorro perdido.

— Se vamos ser parceiros você ao menos devia me dizer onde estamos indo, não acha? — eu nego sem olhar para trás e o ouço rir — Deve ser muito difícil para um cara conquistar você.

— Um cara? — pergunto e ele fica quieto.

— Uma garota?

— Por que você quer saber? — dessa vez eu me viro e ele para de andar bem próximo a mim, estamos em uma rua não muito movimentada e não longe do meu destino. Sinto a respiração de Minho batendo contra o meu rosto e vejo quando o seu peito sobe e desce um pouco mais rápido, ele sorrir de canto mais uma vez e eu tenho vontade de lhe acertar um soco.

— Você gosta do outro cara, o Christopher? — dessa vez sou eu quem está rindo.

— Não, Christopher e eu somos melhores amigos, porque acha isso? — ele dá de ombros.

— Porque ele odeia me ver perto de você, naquele dia em que estávamos treinando ele me olhou tão feio que achei que fosse explodir o meu crânio com a mente. — estou rindo mais uma vez, Christopher é protetor assim como eu sou.

— Vamos continuar ou você vai continuar com conversa fiada?

Eu volto a caminhar com ele ao meu lado, eu não tenho tempo para garotos ou para paquerar alguém, o que mais me importa é vingar o meu irmão e eu farei isso nem que seja a última coisa que eu faça em minha vida, essa é a minha meta.

Heaven & Hell | Lee KnowOnde histórias criam vida. Descubra agora