Um prédio abandonado? Que novidade...

158 21 15
                                    

— Você voltou e eles tinham sumido? Isso é estranho. — Minho diz logo quando termino de contar sobre o que tinha acontecido mais cedo, mas ele parece não acreditar em mim, meu cenho se franze e ele percebe. — É que isso parece ficção, tem certeza de que acertou eles para matar?

— Absoluta! — Digo e ele da de ombros. O idiota veste a sua camiseta mesmo banhado de suor e olha para Christopher.

— Você está com ela porquê mesmo?

— E isso importa? — Me meto e ele arqueia a sobrancelha para mim, cafajeste! — Você não acredita em mim, acha mesmo que eu mentiria sobre algo assim?

— Não estou dizendo que você mentiu, só que parece muito surreal.

— Ótimo. — Jogos minhas mãos no ar e me viro em direção a porta pela qual entramos e Christopher me segue.

— Calma aí, onde vocês estão indo?

— Não é da sua conta. — digo e finalmente abro a porta.

— Não faz assim... — Minho diz resmungando e vem em passos largos em minha direção. — Onde estão indo?

— Christopher achou uma pista que pode me ajudar a encontrar o assassino do meu irmão.

— Ele com certeza achou... — ele resmunga — Que pista é essa?

— Um local, sei lá não importa, temos que ir.

...

— Não posso mais esperar, você entende isso? Preciso da garota custa o que custar.

— Você prometeu me deixar cuidar disso Hwang, não pode mudar os planos assim.

— Claro que posso, o plano é meu. — Ele rir do outro lado da sala e meus punhos se cerram. — Ah não... — Agora os seus olhos estão em minhas mãos — Você gosta dela?

— Não é nada disso! — Digo enfurecido e meu punho cerrado bate contra o mármore da cozinha.

— Você é um idiota mesmo, como fui deixar logo você cuidando disso? Era óbvio demais... Por isso você ainda não a trouxe para mim, olha não precisa ficar com ciúmes tá legal? Meus interesses nela são completamente profissionais, mas não garanto que ela saia com vida. — Ele rir e eu quero voar de onde estou até o seu pescoço.

— Você não vai tocar nela, você me deu a sua palavra!

— Pois é, parece que eu menti...

...

— Nós temos que ir Raven, podem estar atrás da gente agora mesmo. — Christopher diz algo finalmente e Minho o olha feio.

— Eu vou junto, me deem só um segundo.

Eu o odeio, eu o odeio tanto! Ele entra e minutos depois volta com uma mochila nas costas.

— Não posso deixar a minha gatinha se metendo em encrencas por aí sozinha. — Ele deixa um beijo em minha bochecha e sou completamente pega de surpresa, ele agarra firmemente as alças da sua mochila e eu olho para Christopher que respirava fundo.

Nós caminhamos os três juntos com o GPS de Christopher ligado, Minho falava um monte, como podia ser tão pequeno, fofo e irritante ao mesmo tempo? Ele estava questionando tudo o que meu melhor amigo falava e Christopher e eu éramos muito parecidos em alguns aspectos, ele era impaciente e eu também, odiava ser contrariado e eu também, gêmeos!

— Tem certeza que é por aqui? — Minho perguntou mais uma vez e eu quase lhe acerto com uma cotovelada na boca mas me contenho.

— Sim, eu tenho. — Christopher respondeu revirando os olhos e eu quase rio. — Você é um pé no saco, não tinha nada melhor para fazer?

— E perder a chance de passar um tempo com a minha gata? Nahh.

— Eu não sou a sua gata, pode parar de dizer isso? — Digo bufando e ele semicerra os olhos para mim.

— Preciso beijar você de novo para oficializarmos isso?

Meu cenho de franze e Christopher para de andar e vira-se em minha direção.

— Você beijou ele?

— Eu não, ele me beijou. — Me defendo — Podemos focar no que realmente importa aqui?

E nós voltamos a caminhar, Christopher ficou estranho, Minho não tirava aquele semblante debochado da cara e eu odiava ter escolhido vir com os dois. Claramente não se gostavam e só estavam fazendo isso por minha causa, por medo de que eu pudesse me meter em mais problemas. Estavam completamente errados se achavam que eu não sou capaz de me defender sozinha.

Eu sou forte, sei muito bem disso e acabei com quatro ou cinco caras mais cedo, SOZINHA.

Burro seriam eles de subestimarem a minha força.

— Acho que é ali na frente... — Meu melhor amigo falou e meu coração pegou fogo dentro do peito, não sabia que estava tão nervosa assim.

— Um prédio abandonado? Que novidade... — Digo e Minho sorrir.

— O que você estava esperando? Uma empresa de supervilão com um logotipo bem grande?

— Talvez? Vamos logo, já está quase amanhecendo.

Meu corpo inteiro se enrijeceu quando colocamos os pés naquele lugar, era realmente abandonado pela prefeitura e parece que somente os usuários de drogas passavam por ali.

— Ei? — Minho que estava logo atrás de mim me chamou tocando o meu cotovelo e eu parei de andar. — Tenho que contar uma coisa.

— O que? Aconteceu alguma coisa? — Me viro em sua direção enquanto Christopher continuava a andar e explorar o lugar.

— Eu sei que você acha que eu estou só provocando você mas eu não estou, eu gosto de você, gosto muito e de verdade.

Eu não consigo dizer nada, meus lábios parecem congelados um ao outro, meus olhos estão travados aos de Minho enquanto ele confessava os seus sentimentos por mim e eu não conseguia dizer uma única palavra.

— Tudo bem você vai precisa dizer nada, só quero que saiba que eu não estou mentindo em relação a isso.

Mas eu gosto de você, só não consigo dizer.

Não sei como mas o meu corpo estava falando por si só, minha mão aproximou-se do rosto de Minho e acariciou a sua bochecha, ele era tão bonito e parecia tão delicado mas ao mesmo tempo não, como uma pessoa é capaz de causar tanta confusão assim dentro de mim? Eu me em inclino em sua direção e ele sorrir de canto com os lábios fechados (o meu ponto fraco) e eu o beijo.

Sinto o seu suspira em meu rosto, o que me faz sentir também um arrepio percorrer pela minha coluna, como um aviso.

— Agora vamos continuar, estou ficando exausta.

— P-podemos voltar outro dia, o que você acha? — Minho olhou rapidamente por cima do meu ombro e logo em seguida olhou para mim.

— Outro dia? Mas nós já estamos aqui. — Eu me afasto e viro-me novamente na direção do meu melhor amigo, mas ele não estava lá.

Heaven & Hell | Lee KnowOnde histórias criam vida. Descubra agora