Ligação

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❤️ Leiam as notas finais, por favor ❤️




💙

[ Diane narrando ]

Dois dias se passaram desde que Pascal se transformou em um monstro em minha frente. Não tinha restado carinho e respeito algum. Nada. Ele não me olhava com os mesmos olhos, não me enxergava. Seu olhar tinha apenas um buraco.

De qualquer forma eu não me importava. Já havia um tempo que meu amor acabara. Só restava o medo e o nojo.

Eu rezava para que meu bilhete tenha chegado até Evelyn. Mas conforme os dias se passaram duvidei que isso pudesse acontecer. Eu nunca tive sorte mesmo.

Sozinha naquele apartamento frio do hotel idiota observo a atraente janela, chamando para o dia lá fora. Me aproximo da mesma sentindo a ventania e logo me dá um gelo na barriga. Há uma distância e tanto do chão. Nenhuma dor suportaria tal estrago. Eu poderia acabar com isso agora mesmo e pôr fim à esse inferno. Ninguém sentiria minha falta e Pascal estaria livre, e talvez seria assombrado por um fantasma meu causado pelo excesso de álcool.

Fico em pé no enorme portal, sendo abraçada pela vista sem limites. A morte enfim me chama. Essa vida não tinha sido feita por mim. Talvez na próxima eu seja um beija-flor e viva livre.

- Não ouse fazer isso, Diane. - uma voz trêmula e diferente pede do outro lado da porta, me assustando. Ninguém nunca vinha aqui. - Sei que está machucada, mas essa não é a solução, eu prometo.

A voz é delicada e mostra segurança, mas eu não confiava. Não podia me dar esse direito.

- Quem é você? - pergunto hesitante descendo da janela. Minhas extremidades estão geladas. Eu realmente iria fazer aquilo.

- Sou Lucas. Amigo de Evelyn. Estamos aqui por você.

É como Deus falando em meu ouvido e me enchendo de um sentimento novo. Me sinto esperançosamente paralisada.

Quando me dou conta do tempo indo embora corro para abrir a porta, me jogando nos braços do desconhecido e o segurando forte, como se fosse minha única salvação. Estou chorando aliviada.

- Está tudo bem. Você vai ficar bem. - é o que Lucas diz para tentar me acalmar. - Precisamos ser rápidos, ok? Não se preocupe. - me afasto e só agora reparo no seu rosto. Ele é bem mais alto que eu e suas mãos são tomadas por tatuagens.

Ele me guia para dentro do carrinho que carregava o café da manhã e o sinto se movimentar.

[ Evelyn narrando ]

Planejo tudo com calma e segurança. Não queria falhas ou pôr a vida daqueles que amo em perigo.

Passo a madrugada na casa de Lucas formando um plano entre baseados e energéticos. Sinto que fui feita para isso, afinal. Para o perigo. Me dá uma adrenalina que gosto e me faz esquecer a vontade de implorar para que Sullivan voltasse.

Peço a ajuda de Ennis para controlar as câmeras do hotel que Diane estava e assim nossa presença nunca ser notada no lugar. Michael me empresta uma de suas vans pretas à prova de balas.

Peço a Deus que não seja necessária a van ser testada.

Antes de Lucas sair do veículo imploro para que tome cuidado com tudo e evite contato visual com os demais funcionários do local.

Me assusto por um momento ao ver Diane em pé de um jeito perigoso na janela. A maldita garota estava tentando se matar. Mas Lucas consegue chegar a tempo uma vez que a mesma some da minha vista. Estou agitada no banco e tem um dos caras de Michael armado ao meu lado.

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