Capítulo 8.
Sullivan não me diz muita coisa, apenas diz que é uma surpresa e pede para que eu entre no carro, deixando para trás um David curioso. Ele realmente tem a ilusão que devo satisfações. Henry me vem a cabeça. Com certeza tem dedo dele nisso e começo a me questionar sobre do que se trata tudo aquilo. Realmente está querendo compensar por ter sido um babaca. Eu o perdoo, mas não sei se quero voltar a ter relações com ele. Mudamos muito; ele está casado e com filhos. Não quero esse fardo nas minhas costas, já basta o caso com David que pretendo acabar o quanto antes.
- Aquele cara com quem estava falando é seu professor? - a voz repentina de Sullivan me surpreende. Oh, ele está comunicativo.
- Sim. - digo apenas isso. Não quero entrar em detalhes sobre David, principalmente com ele, que talvez só esteja querendo passar informações ao amigo.
- Algum problema no colégio? - volta a perguntar. O olho de cara feia, mas o mesmo não nota. Não gosto de ter homens me questionando.
- Não. Está tudo bem.
Sou curta e grossa novamente, afim que ele entendesse que não estou gostando da sua série de perguntas. E decido focar apenas na música baixa que está ecoando pelo carro e observar o centro da cidade se aproximando, mas ele continua...
- O que tem de errado com você hoje? Está muito calada. - vejo uma sombra de um sorriso no seu rosto. Está mais solto agora.
- Só não estou muito empolgada em está te falando coisas para você contar ao Henry.
Seu olhos me seguem e me sinto desconfortável. Não sei o que está me dando agora, me sinto irritada.
- Só estou tentando puxar assunto, Evelyn. Não queria que entendesse errado. Sinto muito.
[...]
Enquanto subimos o elevador me sinto culpada. Ele se esforçou para ser simpático comigo e eu o empurrei para longe. Culpa dos homens que coloco em minha vida e que torram fora minha paciência.
- Olha, me desculpe. Foi um dia difícil. - sopro com pesar. Ele me olha sério, analisando-me.
- Está tudo bem. - ele aperta meu ombro com a mão afim de me confortar junto com um sorriso. - Não vou contar coisas suas ao Henry. Só estou aqui fazendo um favor a um amigo.
Só agora consigo me concentrar no que realmente está acontecendo; Onde eu estou? Que prédio é esse? É onde ele mora? A surpresa está lá? Sullivan abre a porta do apartamento 313 e me dá passagem para entrar. Uau. Estou sem fôlego; é simples, aconchegante e bonito. É perfeito.
Na sala havia um sofá, televisão e um aparelho moderno de som. A luz de fora atravessava a parede de vidro e trazia um toque artístico ao local. Na cozinha tinha um microondas e geladeira, logo após era o banheiro. E fim.
- Você mora aqui? É fantástico, Sully. - falo admirada correndo para vê a paisagem. Dava para observar quase a cidade toda daqui de cima.
- Já falei para não me chamar assim. - resmunga e eu ignoro, anestesiada demais. - É seu.
Viro para olhá-lo imediatamente. Só consigo respirar dificilmente, congelada.
- O quê? - único som que sai.
- O Henry te deu. Ele disse que era um pedido de desculpas.
- Eu pensei que o parque tinha sido o pedido de desculpas. Isso é... Demais. - começo a girar tranquilamente, olhando tudo ao redor. Isso é meu?!
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My Daddy
RandomUma garota com fetiche em homens mais velhos e em tudo que considera perigoso. Uma garota errada, que gosta de jogar e seduzir. Ela terá sua salvação ou continuará vivendo em seu pecado? Acompanhe as eventuras e pecados de Evelyn Walker. Não espere...