De Volta Ao Quarto Da Boate.

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Agradeço mentalmente por mamãe ter saído.

Eu sou do tipo que não fala muito e minha mãe é do tipo que fala muito.

Sentada em uma cadeira embaixo do chuveiro fumando, como sempre fazia, as lembranças de Mark voltam a me assombrar. Havia tanto tempo que eu não tinha pensado nele. É doloroso pensar em como as coisas aconteceram. 

Sara está certa. David só vai me trazer problemas. Transei com ele uma vez e já estou lembrando de histórias que deveriam estar enterradas. 

Estou fumando no estacionamento do colégio, pensando na noite em claro que passei, pensando na saudade que eu estava do meu passado.

É incrível como eu mudei, ou como eu apenas me tornei a pessoa que eu sempre estava destinada a ser...

Problemática e perdida.

Vejo todo mundo se preocupando com o futuro, com o que fará e se vai estar bem com isso. A única coisa que eu penso e que espero do meu futuro é que a maconha nunca acabe, que eu sempre tenha um cigarro para fumar, uma bebida para me embriagar, um homem para me deitar e só.

- Você realmente é a garota mais estranha e intrigante que já conheci. 

Eu não tinha visto David chegar; estava tão concentrada com meus pensamentos esquisitos. Mas ele está na minha frente encostado em um carro qualquer, vestido como se fosse um bom rapaz, com a aparência que até os deuses invejavam. O dono do meu desejo neste momento.

- E você é o homem mais chato de todos. - forço um sorriso irônico e me levanto. Tento passar, mas ele segura o meu pulso. Estou de frente com um predador. - O que você quer, professor? O que tínhamos que fazer já aconteceu. Tem várias outras garotas no colégio que você poderia comer, fique à vontade. 

- Bom, nenhuma falaria esse tipo de coisa para mim. - ele sorrir de lado, com seus olhos azuis brilhando para mim. Porra, estou molhada. - Eu acho que eu quero continuar comendo você. 

Com minha mão livre vou deslizando sobre o seu corpo, descendo até chegar no seu membro e aliso por cima da calça, e já está duro, latejando para mim. 

- É que, professor... - aproximo minha boca na sua, minha mão apertando seu sexo delicioso - talvez eu não te queira mais tanto assim. 

Dou um beijo rápido no seu lábio inferior e me afasto, saindo rindo dali.

É claro que eu estava blefando. Ainda queria dar muito pra ele. Mas gosto de joguinhos.

[...]

Josh, um amigo da classe, convidou Sara e eu para assistirmos o treino de futebol americano dos meninos do colégio.

Ficamos na arquibancada fumando. O técnico não ligava, ele só se importava se os seus garotos estavam em forma e merdas do tipo.

- Olha que patéticas. - Sara balança a cabeça para frente. Um grupinho de garotas rindo desesperadamente, tentando chamar a atenção dos jogadores, estes que estavam mais preocupados com a bola.

- Tudo isso para sair com esses idiotas? Ah, eu não entendo. Esses caras são um pé no saco, todos com o mesmo papinho. - resmungo.

- E você e o professo? Como estão? - tava demorando...

- Não quero você fazendo parte disso, Sara, de jeito nenhum. - ponho o cigarro na boca - David é tão depravado quanto eu, nós nos entendemos, você sempre achará errado.

- Falando no depravado...

Olho para o lado assistindo David indo até o técnico Willys, com umas quatro garotas grudadas nele como se fossem carrapatos.

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