Não transo com crianças!

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( Evelyn narrando )

Me chamo Evelyn Walker, tenho 17 anos e moro com a minha mãe.

Me sinto diferente das outras garotas da minha idade, com desejos diferentes.

Gosto de homens mais velhos, de beber e de me drogar. Tive que me esconder por muito tempo, apenas para ser aceita ou para que não me achassem estranha, mas finalmente encontrei um lugar que posso ser eu mesma, que posso me mostrar, saciar minhas obscenas vontades; The Doll House, uma das boates da minha cidade.

- O que está fazendo aí sentada, Ev? Vamos aproveitar a noite! - Katy, uma das garotas que trabalha na boate, vem me chamar. Apenas sorrio com um cigarro entres os lábios.

- Estou analisando as minhas opções. - solto um sorriso para ela e a mesma revira os olhos, rindo também.

- Veja o que tem o carro mais caro e diga que o ama, nós não procuramos beleza. - ela diz e sai.

E mais uma vez eu não ligo. Sou o que sou. Claro que eu adorava quando os mais ricos me davam presentes, mas o dinheiro nunca me levou à loucura.

Um grupo de homens entra rindo dentro da boate e logo meus olhos felinos focam em um. O escolhido desta noite.

Vou até o bar e peço uma dose de vodka. Ele está na minha frente, distraído, sorrindo com os amigos e ao mesmo tempo observando tudo ao redor. Tomo a bebida que desce rasgando pela minha garganta. Encaro-o, esperando o mesmo me notar ali na sua frente, apenas separados por uma passarela onde garotas dançavam, e ele logo me percebe. Sustenta o olhar por um tempo, curioso, e depois volta a conversar com os amigos.

- Parece que minha Lolita preferida já achou a sua vítima. - Sara coloca o braço ao redor do meu pescoço. - Ele é bonito e quente. - ela debocha no meu ouvido, rindo.

- Sim, ele é. - digo, o saboreando com os olhos. - E vai ser todinho meu.

Digo isso e saio andando, pronta para atacar. Deixo Sara lá sorrindo que nem boba, ela adora o meu jeito convencido. Me aproximo e passo arrastando meu corpo no dele.

- Me desculpe, está um pouco apertado aqui. - digo, focando uma hora nos seus olhos e na outra em sua boca.

- Tudo bem. - ele sorrir, meio desnorteado. Ah, como eu o queria dentro de mim agora...

Os amigos dele me percebem ali e começam a brincar, dizendo que ele tinha me ganhado. Solto um sorriso e volto para o bar.

- Ele é certinho. - comento com a Sara assim que chego perto dela.

- São os piores. - ela diz.

- Meu interesse por ele só está aumentando.

Por que ele não está me procurando? Qualquer homem já estaria instigado. Quando ele se afasta do grupo de amigos para provavelmente ir ao banheiro vou atrás. Não deixo ele nem ao menos entrar e o jogo contra a parede.

- Não gosto de ser ignorada. - falo perto do seu rosto. O seu bigode o deixava charmoso e sério.

- Eu sinto muito, senhorita, mas estou aqui apenas para a despedida de solteiro do meu amigo. - ele fala me olhando nos olhos. Gosto disso.

- A festa é dele, mas você também pode ganhar um presente. - aproximo meu corpo do dele. Ele sorrir olhando pro chão.

- Eu sou casado. - ele me mostra a aliança.

- Eu juro que não conto nada para ela. - sussurro no seu ouvido e aproveita para dar uma leve mordida. - Venha. - puxo-o pela mão, sorrindo, ele me acompanha.

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