FBI e Brendan.

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Capítulo 11.

As coisas com Lucas ficam estranhas e Sullivan destruindo sua porta por minha causa certamente não tinha ajudado muito. Reuni minhas coisas e fui para casa sendo acompanhada por Sara que também não tratou de puxar assunto. Eu não poderia exigir nada, nossa madrugada e manhã acabaram sendo bastante agitadas.

Passo o domingo no sofá com minha mãe assistindo comédias românticas; sendo obrigada a escutar os motivos pelo qual o amor é a coisa mais importante desse mundo. É claro que ela está apaixonada e é claro que estou com um pé atrás em relação a isso.

Quando botei o pé no gramado do colégio tinha uma long nek de cerveja numa mão e um cigarro na outra. Se eles me queriam fora essa era a hora perfeita, eu realmente não ligava. Meu melhor amigo sentia raiva de mim e Sara aparentemente é mais estúpida do que achei que seria possível voltando a falar com Scott. Minha mãe havia me abandonado à noite para sair com o namorado desconhecido mesmo eu implorando que ficasse. Nem preciso dizer o tanto de vezes que tentei ligar para Sullivan e pedir desculpas, mas fui friamente ignorada. No final das contas acabei mandando uma mensagem que dizia "Vá se foder" e decidir que eu não precisava do perdão dele. Pelo visto quando você tenta ser legal as pessoas simplesmente não ligam.

Quando um carinha com cabelos grandes desarrumados e com óculos esquisito vinha em direção a mim já me preparava para algo do tipo: "Você está expulsa do colégio, todos decidimos que sua presença era extremamente tóxica" e eu sinceramente teria agradecido por isso.

- O Sr. Tyler quer falar com você na sala de artes. - seus ombros estão retraídos e não me olha nos olhos. O que há de errado com esses garotos?

Enquanto caminho devagar pelos corredores brancos me pergunto o que teria que fazer para David me deixar em paz, porque juro não entender essa perseguição toda. Não posso negar que mexeu comigo no começo por parecer diferente dos demais, mas no final era tão igual e cansativo quanto os outros. Talvez eu teria que ir na sua casa falar com sua esposa ou quem sabe com o diretor do colégio. Eu só não aguentaria mais ter que ficar o expulsando o tempo todo.

Reuno força e paciência para poder bater na porta quando percebo que a mesma está trancada. O idiota me chama e ainda faz essa palhaçada toda. Escuto alguns cochichos e me permito encostar a orelha na porta para tentar escutar, mas o barulho da tranca me afasta rapidamente. Me permito abrir a boca em choque quando vejo uma garota de cabelos bagunçados e bochechas coradas sair às pressas dali, com tanta vergonha que parecia quase cair para frente de tanto que sua cabeça tava curvada para o chão. Homens são mesmo inacreditáveis.

- Sua esposa realmente deve ser a mulher mais amarga desse mundo, professor. - comento realmente com surpresa. Eu pensava que ele só se arriscaria para ficar comigo, parecia focado demais em manter nossa "relação". Mas fazer sexo deve ser mais importante que manter o emprego e o casamento para ele.

- Ciúmes? - vejo uma covinha surgir em suas bochechas por conta do pequeno sorriso de lado. O cretino está descaradamente fechando o zíper da calça em minha frente. Talvez minha rejeição não tenha lhe caído bem.

- Ciúmes daquela criança desesperada que acabou de sair daqui? De modo algum. - sento na cadeira relaxada e volto a tomar a cerveja já quente em minhas mãos. - Sei que pensou em mim enquanto fodia com ela.

É notável vê a mudança de expressão quando o mesmo fica nervoso e começa a tossir um pouco. Bem, meu dia melhorou um pouco depois disso. Se David pensava que eu me sentiria ameaçada por outra aluna estava totalmente enganado. Ela pode ficar com todo esse drama desnecessário.

- O que você quer comigo, David? - meu cansaço mental volta e estou fatalmente arrependida por te levantado da cama hoje, mas me perco um pouco observando o quanto os olhos do professor são tão azuis e bonitos.

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