Capítulo 5.
Fumo enquanto observo meu professor andar de um lado para o outro se vestindo em meu quarto. Ele é todo lindo e alto, seu cabelo para o lado como se fosse um bom rapaz... Mas eu o conhecia, pelo menos no escuro, quando me possuía feito um animal.
- Não gosto quando você fuma. - ele diz caçando seus sapatos debaixo da cama. Não esbanjo reação. Estou numa paz pós sexo.
- Se você parar eu paro. - brinco, sabendo que eu jamais largaria meu vício. E ele rir, já sabendo disso.
- Um homem velho e amargo precisa de algo para relaxar, querida.
- Você não tem nada de amargo, querido. E você pode relaxar com o meu corpo. - seus olhos ardem em mim quando me escuta falar aquelas palavras provocativas. Eu gosto de enlouquecê-lo.
Ele passa a prestar mais atenção no meu corpo, me analisando com desejo. Fico exitada só com seu olhar em mim.
O chamo pelo olhar e ele me atende, jogando seu corpo grande sobre a cama, subindo em cima de mim, me devorando com seus lábios.
- Você é diferente. - ele me olha, passando seu dedo sobre meus lábios, nossos narizes colados. Tento não me derreter com suas palavras ditas na hora errada.
- Esse papinho não vai funcionar comigo, bebê. - empurro-o me levantando da cama, enrolando-me em meu edredom.
- Eu não estou jogando nenhum jogo, Evy. - tenho raiva da facilidade que ele tem de me encarar com tanta firmeza.
- Você deveria ir embora, professor. Quero você fora do meu quarto quando eu sair do banheiro.
Eu não vivi muito ainda, mas vivi o suficiente para aprender a não acreditar nas palavras de homens que só estão comigo pelo prazer que meu corpo pode proporcionar a ele.
David tinha um jeito protetor e maduro, mas isso não muda o fato dele estar aqui apenas pelo sexo. Ele é do tipo gentil, que tenta fazer as coisas parecerem legais mesmo quando são sujas. Mas eu sou esperta, eu já passei por isso antes. Suas palavras não são tão doces para mim como ele gostaria que fossem.
Quando termino o banho e volto ao meu quarto meu amante já não estava mais lá, para o meu alívio. Eu não queria ter que chuta-lo do meu quarto e correr o risco da minha mãe - que deveria já ter chegado - nos ouvir.
[...]
Estou pronta para ir ao colégio enquanto me lamento amargamente por ter deixado David marcar meu corpo com seus chupões, quando vejo as manchas feias pelo espelho do banheiro do meu quarto.
Cubro com maquiagem do jeito que posso e desço lá embaixo. Mamãe já está tomando café.
- Bom dia, meu amor! - beijo sua bochecha e me sento seu lado.
- Bom dia! - ela me olha com carinho enquanto passa manteiga em seu pão - Você está muito bonita hoje, filha. Está radiante, na verdade. - ela comenta mostrando todos os seus dentes em um sorriso empolgante. Tem algo aí...
- Vai me contar o que está acontecendo ou vou precisar arrancar a força? - sou direta tomando um gole de suco. Ela está parecendo uma adolescente.
- Tem esse cara legal que eu conheci no bingo...
Converso sobre o tal cara que a minha mãe conheceu até dar a hora de ir à escola.
Fico contente por ela estar feliz, mas não posso deixar de temer; minha mãe é uma criatura doce e ingênua, não precisa de um cretino qualquer fazendo inferno na vida dela.
Guardei meus pensamentos para mim e apenas sorrir para ela. Talvez ele fosse legal mesmo, mas isso eu só iria ter a certeza depois que nos conhecemos.
[...]
Já estou próxima a escola, andando apressadamente sem me ligar muito para nada ao meu redor como de costume, com minha cara fechada de sempre.
Escuto um assobio um tanto familiar, um chamado que eu conhecia bastante bem. Viro-me para o lado e avisto um outro amante meu que há um tempo estava longe. Henry.
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My Daddy
RandomUma garota com fetiche em homens mais velhos e em tudo que considera perigoso. Uma garota errada, que gosta de jogar e seduzir. Ela terá sua salvação ou continuará vivendo em seu pecado? Acompanhe as eventuras e pecados de Evelyn Walker. Não espere...