Melhor Amante.

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  As dores insistentes em minha cabeça me obrigam a abrir os olhos.
 
  Puta que pariu, eu não deveria ter exagerado tanto.
 
  Puta que pariu. Não deveria ter exagerado tanto.
 
  Me sento na cama com as mãos no rosto, respirando fundo. O cheiro forte de maconha só piora minha situação.
 
  Olho ao redor, observando toda aquela bagunça.
 
  Casa de Lucas.
 
  Levanto-me da cama. Estou vestida com uma camisa masculina velha, provavelmente do meu amigo. Vou até a sala tentando não tropeçar no caminho em todo aquele lixo.
 
  - Olha quem acordou! - Lucas está sentado em uma poltrona fumando o seu narguilé. Sento-me no sofá. Ainda me sinto um pouco atordoada. - Que noite e tanto, hein? Você ainda tem sorte que é cedo, sua mãe não deve ter percebido que não dormiu em casa.
 
  - O que aconteceu? A última coisa que me lembro é que estava tomando banho em um dos quartos da boate. - com David. Me recordo do momento com ele. Me sinto usada e abusada.
 
  Velho cretino!
 
  - O seu adorado professor te deixou no quarto sozinha. Quando cheguei você estava nua em cima da cama. - ele explica. Oh! - Tem noção do que poderia ter acontecido se eu não tivesse chegado antes? Qualquer um poderia ter entrado lá e ter feito o que bem entendesse com você. O que mais você precisa para perceber que aquele cara não presta? É um velho nojento, como todos os outros. Não quero você com ele, Ev.
 
  Tomo banho sentindo o peso das palavras de Lucas em mim.
 
  Algum pervertido poderia ter entrando na porra daquele quarto e feito o que bem quisesse comigo e o idiota do David nem se importou! E o pior é que deixei ele se aproveitar de mim quando eu estava vulnerável, eu confiei nele. Eu sou uma idiota estúpida!
 
  Consigo entrar pela janela do meu quarto sem fazer muito barulho. Eu costumava trancar a porta, então não teria como a mamãe saber que eu não tinha passado a noite em casa. Menos um problema.
 
  Tinha três chamadas perdidas de Sara no meu celular. Ligaria para ela depois. Preciso descansar agora, dormir sem nenhuma droga bagunçando minha cabeça perturbada.
 
  [...]
 
  Acordo umas setes horas da noite e vou direto para cozinha colocar algo no meu estômago que estava parecendo um buraco negro. Tinha um bilhete da mamãe grudado na geladeira, dizendo que estava jogando bingo e que tinha pizza e bolo de chocolate na geladeira.
 
  Céus, eu é tudo que preciso agora.
 
  - Você é uma safada! - grito para Sara pelo telefone. Estou comendo feito um dragão enquanto ela conta das mãos bobas no carro do tal Scott ontem à noite.
 
  - Aprendi com a melhor. - ela canta se juntando a mim numa risada eufórica. Não tinha falado nada para ela da noite passada, não queria que se preocupasse comigo e com meus amantes estúpidos. - Vai à escola amanhã? - oh merda.
 
  - Na verdade, não. Estou com muita cólica. Você sabe, é uma merda. - bufo.
 
  Odiava ter que mentir para ela.
 
  - Eu entendo. Espero que melhore logo. A coroa já está me enchendo aqui. A gente se fala depois. Beijos.
 
  - Beijos.
 
  [...]
 
  Confesso que ter ficado em casa tinha sido uma verdadeira tortura, apesar de ter ajudado minha mãe numa faxina geral. Só pensava em David, beber, David, me drogar, David. Sei que a cada vez vou me afundando mais, sozinha, no frio do mundo egoísta e sujo que eu mesma criei; mundo preto e branco, inundado de pecados, barulhos de sirene policiais e um cheiro forte de sangue misturado com o gosto amargo da dor.
 
  Só um homem foi capaz de me amar e eu o afastei para longe, como um viciado que não quer se tratar. Depois disso venho me tornando uma criatura escura e sombria, superficial. Mas no fundo eu gosto, faz parte do que eu sou. Talvez há um charme na loucura. Beber, fumar e estar na companhia de qualquer homem que tem a idade de ser meu pai.
 
  Há pecados piores, eu garanto.
 
  Enrolada numa toalha me jogo na cama, fitando o teto; uma música de Lana Del Rey me acolhendo e me transportando para um universo paralelo.
 
  - Acho que sou velho demais para isso. - levanto-me rapidamente assustada vendo meu professor quase entalado em minha janela.
 
  - O que está fazendo aqui? Você está louco? Alguém pode te ver. - ajudo-o e vou trancar a porta do meu quarto imediatamente, mesmo sabendo que a mamãe não está em casa. Não queria correr o risco.
 
  - Você não foi à escola, eu fiquei preocupado. - ele diz simplesmente.
 
  - Preocupado? - estreito meus olhos, perplexa e irritada - Você me deixou sozinha naquela quarto, seu velho imundo! - distribuo várias tapas em seu peito até ele segurar meus pulsos e me jogar na cama.
 
  - Está louca, garota? - ele rebate estarrecido  - Você pegou no sono na cama. Minha esposa ligou para mim, então tive que ir embora. Tranquei a porta do quarto e deixei com seu amigo, aquele do carro no outro dia. Eu não sou um canalha, Ev.
 
  Oh. Lucas havia mentido para mim.
 
  Por que ele faria isso? Eu não entendo.
 
  Me sento na cama, abraçada aos meus joelhos. Minha cabeça doía.
 
  - Sei que não deveria ter feito aquilo com você naquele estado, eu realmente me arrependo. Mas você tem que me entender, Evelyn, você me enlouquece. - ele se senta atrás de mim e vai beijando meu ombro descoberto subindo para meu pescoço, meu corpo já está todo aceso para ele.
 
  Suas mãos abrem minha toalha e a jogam no chão. Estou nua. Ele sai de trás de mim e me empurra levemente para trás, para que eu me deitasse. Ele para e observa meu corpo todo, me comendo com os olhos. David se deita ao meu lado, passando sua mão grande pela minha barriga, e rir quando me vê arrepiada.
 
  Sua boca quente abocanha meu seio direito, sugando e mordendo, o papai como um bebê. Fecho meus olhos e me concentro em gemer baixinho. Meus quadris começam a se mover gradativamente, o convidando. Ele coloca sua coxa no meio das minhas pernas e inconscientemente começo a me esfregar nele, marcando o cheiro do meu sexo em sua calça social creme.
 
  - Calminha, bebê. - ele sorrir ao ver meu desespero. Ele vai enfeitando todo meu colo e seios com chupões grosseiros até encontrar minha boca. Ele segura firme meu cabelo enquanto me beija ferozmente, brincando com sua língua experiente.
 
  - Eu preciso de você agora. - imploro trêmula, sentindo que eu não ia conseguir me segurar mais por muito tempo.
 
  - Calma, já vou resolver o seu problema.
 
  Com uma mão livre ele abre o seu flash e seu membro já está dentro de mim, seus quadris se movimentando junto ao meu, suas mãos segurando as minhas.
 
  - Você é o melhor amante que eu já tive.

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