Chapter Fourth:

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A.M:

- Que fofo! Ele criou um apelido pra você! - Minnie brincou alguns minutos depois de Klaus me chamar de um apelido em russo.

Malen'kaya Vorona.

Pequeno corvo...Um apelido que definitivamente combina comigo.

Os corvos são popularmente interpretados como sinais místicos de mau presságio. Simbolicamente, o corvo é relacionado com o mau agouro, a morte, o azar e com outros elementos obscuros e sombrios. No entanto, também pode simbolizar algumas características positivas, como a sabedoria, a astúcia e a fertilidade.

Era infinitamente um ótimo apelido.

Sorri discretamente ao olhar Minnie, que estava na sua forma de gato.

Não seja rabugenta, Minnie. Brinquei antes de me virar ficando frente a frente com o híbrido.

Meu movimento apenas fez com que eu percebesse o quão perto ele estava de mim. Ergui levemente o queixo para cima o possibilitando de ver o pequeno sorriso que se formou em meus lábios.

- Já estamos na fase dos apelidos? - Brinquei fazendo o híbrido rir sem graça, seus olhos em nenhum momento desviaram dos meus.

- Você me deu um apelido em francês. Nada mais justo do que eu te dar um em russo.

Desviei o olhar do dele comprimindo os lábios na intensão de segurar um sorriso largo, falhei veementemente ao voltar a olhar os olhos do loiro.

Era como um maldito imã. Como ler um dos meus livros favoritos. A inevitavel ação de olhar seus olhos, não era como o desejo latente que eu inevitavelmente tinha de tocar piano toda vez que eu via um. Era diferente.

Era uma sensação indiscritivel de necessidade. Quase como se meu coração fosse parar de bater de forma definitiva se eu não cedesse ao impulso de olhar suas íris azuis-esverdeadas. A cor que agora eu não tinha dúvidas, era o tom definitivo do tão falado éden.

Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria, com lindos quadros pendurados nas paredes ao redor de um piano de cauda preta. Porém, eu estava errado, ao menos meu pensamento era minimamente errôneo. Agora meu éden também incluia duas cores mescladas em apenas um par de íris. Agora, sim. Eu tinha a certeza que sonharia com o paraíso toda vez que fechasse os olhos e imaginasse, no calar da noite, as belas íris do meu companheiro.

Aqueles olhos, em pouco tempo, já haviam se tornado meu elo com o latíbulo. Apesar de não ser verdade, aquelas cores pintadas nas íris do meu companheiro, pareciam não conhecer a maldade, a inveja ou o descontentamento que o mundo reproduzia entre si. Fita-los de forma fixa era como voltar a um lugar desconhecido, cheio de paz.

Era semelhante a voltar para casa.

Pisquei o olho esquerdo pro meu companheiro ao fazer um sinal para ele entrar na minha casa. Klaus sorriu, sorriso que logo diminuiu quando não conseguiu entrar no local.

Sorri sem-graça ao notar que havia esquecido desse detalhe.

- Pode entrar. - Murmurei.

Com minhas palavras, o híbrido, em questão de segundos entrou na mansão. E atravessou o hall de entrada comigo, sentado em silêncio no sofá que indiquei com o indicador.

- Stefan me ligou e falou o seu endereço. - Explicou após alguns segundos em silêncio.

Reprimi um suspiro de alívio quando ele começou a se pronunciar. Eu simplesmente não gostava de ficar em silêncio. Claro que existia algumas exceções, porém, geralmente, sempre que qualquer tipo de silêncio predominava um lugar, eu fazia questão de preenchê-lo com uma informação totalmente aleatória, geralmente eram fatos sobre astronomia ou literatura.

Heir of death - Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora