Chapter Twenty-Second:

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A.M:

- Alexander Mors. - Dei uma pausa, aquela mulher era familiar. - E você seria?

- Caroline. Me chamo Caroline Forbes. - Falou me estendendo a mão com um sorriso.

A curiosidade brilhava em seus olhos. Que eram de fato, a única coisa que não me lembravam de Nathanael, apesar da minha pessoa ter esquecido os traços do homem a cerca de séculos atrás, eu sabia que Caroline era a versão feminina do mesmo em aparência.

Ao menos quase. E foi exatamente essa palavra em específico que me livrou de possíveis lembranças ou gatilhos em relação a tudo o que passei antes de morrer.

O 'quase' que era consistente em seus olhos. Não na cor das íris, mas sim no brilho delas.

Era um brilho alegre, inocente... Um brilho sem as segundas intenções que na época em que eu era vivo - Por pura ignorância. - não conseguia ver nos olhos do motivo da morte. Foram esses exatos sentimentos estampados nos seus olhos, que me impediram de surtar ou de ter algum tipo de gatilho.

Porquê aquela mulher apenas carregava o mesmo sobrenome que Nathanael Forbes a milênios atrás carregou também. Nada mais.

Sorri para loira olhando diretamente nos seus olhos, o fato dela ser descendente daquele que tanto me fez mal na minha vida humana, não significava nada.

Porque Nathanael Forbes estava morto. E a partir desse momento, eu percebi....Nada que envolvesse ele poderia me afetar, não mais. Porque agora eu tinha Nik, os Mikaelson, Stefan, o bebê na barriga de Hayley.

Eu tinha motivos para seguir em frente e abandonar tudo o que deixei me afetar por mais de mil anos. Agora minha existência se resumia em algo além de buscar almas mortas e passar o resto do tempo no limbo, me remoendo pelos meus pensamentos e sentimentos intensos que como morte uma dia me falou, se medidos com uma maioridade ruim, poderiam me fazer.

Entretanto apesar de tudo, naqueles breves segundos que se passaram, enquanto eu apertava a mão da Forbes. Percebi que eu não tinha tomado a decisão de deixar isso para trás por Klaus, Stefan ou os Mikaelson.

Eles claramente tinha sua importância na minha decisão e evolução, porém meu maior motivo para isso não foram eles, não seria saudável me permitir seguir em frente só por causa deles. Eu fiz por mim. Apenas por mim, porquê a decisão de seguir em frente, ou de melhorar algo que me fazia mal, apesar de tudo, veio da minha pessoa.

Algo unicamente meu, uma decisão e evolução para me orgulhar.

- É um prazer, Caroline. - Falei educadamente, fingindo não ver o sorriso orgulhoso que Stefan e Klaus me lançavam. - Conheci um antepassado seu. - Comentei.

A loira me fitou surpresa por alguns segundos, antes de sorrir.

- Mesmo? Como ele era?

Sorri irônico, apesar de aliviado quanto nada doeu em mim quando a respondi:

- Um completo desgraçado que literalmente me fez sofrer até os meus últimos minutos de vida... - A Forbes arregalou os olhos, assim como todos os presentes da sala. - Mas, não se preocupe, você não se parece com ele.

A loira no entanto ainda mantinha um olhar arregalado, assustado e arrependido na face. Senti a palma esquerda do meu companheiro tocarem a base das minhas costas, de forma singela. Demonstrando silenciosamente seu orgulho e cuidado para mim, através daquele simples, porém precioso, toque.

- Sinto muito! Eu não queria te fazer lembrar algo desagradável com essa pergunta, eu....

- Tudo bem. - E realmente estava. Meu sorriso se tornou genuíno, apesar de pequeno. - Ele está morto, está no passado.

Heir of death - Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora