Chapter Eighth:

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A.M:

Suspirei ao relembrar a história que a jovem bruxa me contou. Assim como eu nos meus tempos de humano, ela era marcada pelo selo da morte e acabou se apaixonando pela pessoa errada tendo uma enorme consequência devido a essa paixão.

Éramos assustadoramente semelhantes e diferentes em alguns pontos, não pude deixar de oferecer minha ajuda a bruxa que agora estava sozinha no mundo.

Depois de - Mesmo desconfiada. - aceitar minha proposta de ajudá-la, Alice. - Que após alguns dias convivendo comigo adotou o nome de Alicia. - e eu criamos um tipo de rotina e em poucos dias já confiavamos um no outro, confiança que foi estabelecida quando a levei para o limbo pra ver seus pais e parentes, não era realmente preciso lembrar que Alicia e Morte viraram boas amigas.

- Pensando na morte da bezerra? - A cacheada questionou me tirando dos meus pensamentos.

-Como adivinhou? - Sorri cinicamente fazendo-a gargalhar alto.

- Engraçadinho. - Murmurou dando um sorriso fraco.

Andei até ela a conduzindo para o sofá do meu estabelecimento no limbo, onde estávamos ficando, não só porque eu ainda tinha que recolher almas e cuidar delas como também porque apesar de não ter falado, eu sabia que ela queria rever os pais que aínda demorariam muitos anos para irem ao seu julgamento final.

- Como você está? - Perguntei ouvindo um suspiro fraco sair da Leblanc.

- Eu estou feliz. - Fez uma careta ao pronunciar a última palavra. - É estranho, mas, parece que mesmo depois de tudo, eu me sinto viva. - Riu fracamente.

- Você sente como se apenas tivesse começado a viver depois de uma parte sua ter morrido. - Completei fazendo com que ela me olhasse curiosa.

- Como sabe?

- Eu literalmente já me senti igual a você, Lice. Na verdade eu sinto isso todo o dia. - Confessei. - Nós dois fomos feitos de cadelas do destino quando vivos, as coisas melhoram na imortalidade, ao menos pra mim foi e é assim.

- Eu acho que será assim pra mim também. - Deu uma pausa. - Você se sente sozinho as vezes? Quer dizer a eternidade deve ser uma droga quando se está sozinho.

Eu apenas tive que olhar em seus olhos pra ver que ela temia a isso. Não a eternidade, mas sim ao fato de que talvez, ela tivesse que enfrentá-la sozinha.

Depois de um certo tempo esse era o medo de todo ser imortal. Infelizmente essa percepção tinha chegado a Alicia mais cedo. Muito mais cedo.

- Você não estará sozinha Alicia. - Prometi abrindo um singelo sorriso quando o cinza dos meus olhos se encontraram com o avelã das suas íris. - Se me permitir eu serei seu irmão honorário e sempre estarei ao seu lado quando se sentir sozinha.

A Leblanc abriu um sorriso. Entretanto, ela franziu o cenho demonstrando confusão.

- Porque que desde o início você foi bom comigo?

- Digamos que me tornar o Herdeiro da morte fez com que meus instintos ficassem perfeitos. - Deu de ombros. - E eles dizem que você Alicia Leblanc é o tipo de pessoa que devo proteger.

A morena riu com as minhas palavras seus olhos brilharam de emoção com minha pronuncia.

- Eu irei protegê-lo também. - Sorriu. - Ou eu não me chamo Alicia Leblanc, a melhor bruxa de todas!

Heir of death - Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora