Chapter Twenty-Third:

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A.M:

Era uma noite fria e chuvosa, quando o conheci...

Stefan Salvatore.

Eu estava no limbo, brincando com a alma de uma criança qualquer que tinha morrido em um incêndio, quando senti que cinco almas tinham acabado de serem mortas ao mesmo tempo, no mesmo lugar.

Não era algo extremamente raro, era comum na verdade. No entanto ao sair do limbo, para buscar as benditas almas. Algo em mim me dizia que alguma coisa aconteceria naquela noite. Algo que mudaria todo o rumo da minha existência minimamente solitária, desde o sumiço repentino de Alicia. Esse algo se comprovou certo quando cheguei no local, onde as almas estavam.

Eu só não esperava que a mudança acontecesse dessa maneira...

Os caminhos do destino são realmente estranhos, pensei ao sentir um homem coberto de sangue me empurrar contra a parede do beco, onde as almas e cadáveres estavam.

- Moço eu sei que sou bonito, mas ao menos me pague um jantar primeiro! A propósito, gosto de vinhos caros!! -Brinquei erguendo o olhar para o homem.

Seu aperto contra mim, apesar de ser forte. Não era o suficiente para me prender contra a parede, eu poderia facilmente me soltar daquele aperto, entretanto não era como se ele soubesse disso.

Não que ele fosse notar isso agora, eu estava minimamente curioso para saber seus modos, assim como também estava curioso para saber porque seus olhos verdes estavam tão aflitos de culpa e lágrimas frescas, sendo que ele tinha matado aqueles humanos a sangue frio.

- Cale a boca. - Sussurrou. - Cale a boca.

Ergui as sobrancelhas, claramente ele não estava falando comigo. Dei de ombros o analisando rapidamente. Era bonito, quase angelical. E pelo aroma que o mesmo irradiava, era um vampiro.

Hm, pensei quando de repente o homem me soltou dando passos para trás, cobrindo os ouvidos com ambas as mãos atormentado.

- Desculpa, desculpe, desculpe.... - Pediu baixinho a voz dolorida. - Eu não queria... Mas é tão bom....

Franzi o cenho. Ok, um vampiro aparentemente perturbado e com problemas de controle. Assumi, após analisar seu surto silencioso de culpa.

Não pude deixar de sentir pena do mesmo, talvez fosse por esse motivo, que estalei os dedos e o paralisei, antes de tocar sua testa, tirando sua fome de sangue de forma temporária. Ao menos era o tempo necessário para dois dias.

- Quem é você?... - Sussurrou confuso, quase temeroso quando o desparalisei. - C-Como? - Gaguejou colocando ambas as mãos na garganta. - E-Eu...

Encoli os ombros sem realmente me importar com seu gaguejo e sorri seguindo meu instinto ao fazer um sinal pra ele me seguir, as almas mortas já estavam colhidas no limbo.

- Me siga, temos uma longa conversa pela frente!

- Você nunca aprende... - Morte falou divertida.

Dei um mínimo sorriso, eu estava apenas seguinte meu instinto. Não era como se eu pudesse evitar. O homem no entanto, continuou parado com o cenho franzido.

- E-Eu ao menos sei quem é você ou sei seu nome. Você parece uma espécie de anjo na verdade, vou te chamar de anjinho.

Ele tinha um ponto.

- Sou Alexander Mors. E você.... - O analisei por alguns segundos, sua aparência fofa apesar de claramente fatal, me lembrava de um animal expecifico. - Coelhido.

Heir of death - Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora