— Você está me deixando bastante assustada! — Lillian reclamou.
Fazia alguns minutos que Kara havia retornado e deixou claro que precisava da sua mãe e irmã nos laboratórios Cadmus, pois tinha novidades.
— Não há com o que se preocupar, Lillian. — Sorriu. — Eu só preciso saber com certeza que a surpresa que eu tenho não irá transmitir algum tipo de vírus para vocês humanos.
Kara havia dispensado todos os cientistas que estavam pelo prédio, até mesmo os que conheciam suas origens, foi o que aumentou ainda mais o nervosismo de Lillian.
— Kara, sua irmã está na Irlanda. Levará horas para que ela venha até você. — Aquilo era verdade, mas nem ao menos se passou aquela possibilidade pela mente da mesma. — Me diga de uma vez o que são essas coisas! Estou ficando preocupada.
Kara estava dentro de uma sala de vidro transparente e sua mãe fora dela, não permitiu que ninguém entrasse e nem mesmo o ar ali dentro era circulado, ela sabia que usavam aquela sala para saber o quão resistente Kara poderia ser em ambientes inabitáveis.
— Ok, vou te contar, mas preciso que você me ouçam com atenção. — Lillian se aproximou. — Em Krypton nós não possuíamos nenhum tipo de pets convencionais que vocês possuem aqui, por isso o gato que a Lena possuía me dava medo e aquele abrigo de cães que Lex me lembrou certa vez me causou pânico. São espécies completamente diferentes para mim, lá nós tínhamos... Bom, não há outra maneira de explicar a não ser mostrar — rasgou a parte de cima da roupa que usava e ficou de calça e top esportivo, quando Lillian achou estranho uma enorme mancha branca na barriga da sua filha.
Achou ser algum tipo de micose, se isso fosse possível, é claro, porém as palavras sumiram da sua boca quando aquilo que ela achava ser micose começou a se mover de volta para o braço de Kara.
Lillian praticamente ficou colada com o vidro transparente encarando aquela criatura de forma fascinante a sua frente.
— Eu não sei como foi possível e muito menos teorizar, mas esse ser é um simbionte de um lugar chamado Klyntar e em Krypton, após anos de avanços tecnológicos descobrimos que esses pequenos seres possuem um intelecto de nível 3 e são capazes de se comunicar de forma telepática com aqueles que eles chamam de lar. Essas criaturinhas podem viver para sempre, se forem bem cuidado e possuem a capacidade de mudar a forma sempre que quiserem, mas não o fazem com frequência por isso causar um enorme desconforto físico. Pelo menos em seu planeta de origem, aqui pode ocorrer de nada acontecer... — Explicou observando a mãe que mal piscava. — Lillian, eu quero que você conheça o meu melhor amigo durante a infância, Krypto. — Kara também se aproximou do vidro e estendeu a mão para que o ser ficasse mais próximo de Lillian. — Krypto, essa é a mulher que cuidou de mim quando tudo aconteceu, eu a chamo de mãe. — Ela franziu o cenho e esperou pacientemente para que o pequeno pudesse digerir todas as novidades, já que ele lembrava com perfeição de tudo. — Você pode acessar minhas memórias e aprenderá todos os idiomas necessários para que possa conviver tranquilamente nesse novo mundo, tudo bem?
Novamente o ser concordou como pôde e Lillian suspirou.
— Agora eu preciso que você fique aqui para descansar. Você pode observar melhor a minha nova mãe para poder ir se acostumando, eu voltarei em 20 minutos, preciso que você conheça uma nova pessoa. — Houve uma relutância, um enorme medo.
O ser havia ficado muitos anos sozinho então não queria isso novamente, mas bastou que ele acessasse a mente de Lillian para compreender que ela não lhe causaria nenhum mal. Foi o suficiente para Kara.
— Tome cuidado, ele pode não tocar em você, mas leu seus pensamentos. — Lillian assentiu e viu sua filha desaparecer em uma velocidade que jamais iria se acostumar.
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The Luthor's - Supercorp
FanfictionTerra - 38 "Imagino que vocês estejam com medo, sentindo como se o seu mundo estivesse saindo de controle, mas, acredite, vocês têm poder e agora vocês têm um trabalho a fazer. Resistam. Resistam esses invasores com toda a força que têm. Eles chegam...