Eu só quero ser alguém para alguém, Luthor!

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Kara estava deitada, mais uma vez na maca especial de Alex. Encarando o teto preto tentando não pensar tanto na sua real situação.

Ela viu quando os lazers passaram pelos seus olhos, mas ela não os fechou, pelo contrário. Se arrependeu disso no segundo seguinte, já que aquela luz incomodou seus olhos azuis.

Fez uma careta.

Ela agora era humana, óbvio que esse tipo de coisa poderia acontecer.

Perder os seus poderes é sem dúvidas traumático. — A voz de Aluna ainda ecoava por todos os cantos daquele laboratório.

Kara piscava muitas vezes tentando fazer o incômodo dos seus olhos passarem. Lembrou da vez em que um cílio despencou na retina de Lena e o quão incômodo aquele simples cabelo se tornou.

Lena ainda era uma adolescente, Kara não conseguia tirar os olhos dela... Kara lembrou de ter se sentindo curiosa quando viu Lena lagrimar apenas de um olho e o inchaço momentâneo que aquilo causou. Kara queria saber qual a sensação, queria entender porque ela chorava e se isso era possível. Até Lena levar a mão no olho e com cuidado, massagear o dedo por cima da pálpebra. Kara repetiu aqueles movimentos na busca incessante de sentir o mesmo incômodo, até Lillian alertá-la de que poderia ser perigoso, para ambas as garotas.

Kara lembrou que foi com a ajuda de Lex que Lena conseguiu se livrar do motivo do seu incômodo.

Então ela esfregou os olhos com as duas mãos, tentando se livrar do incômodo que tanto tivera curiosidade.

Talvez você se sinta confusa ou até temerosa de que os tenha perdido para sempre. — Lena suspirou ao ver Kara com um olhar vazio pelas câmeras.

As 4 mulheres ainda estavam nas séries de exames clínicos que precisavam ser feitos. Lillian queria aproveitar aquela chance para entender a biologia alienígena de Kara, agora que ela era momentaneamente humana. A radiografia completa sobre o corpo dela, mostrava que Kara tinha órgãos à mais que os seres humanos. Eliza e Lillian souberam disso quando Kara morreu pela kryptonita. Foi informações que guardavam para si, não queria que o corpo da garota viesse a ser feito de cobaia para o governo... Era por esse motivo que o corpo de Kal-El ainda permanecia escondido. Ninguém tinha noção do paradeiro do mesmo e era o certo continuar daquela forma.

Sua batalha com o androide, drenou suas poucas células kryptonianas de suas energias solares. — Agora Kara se encontrava em outra máquina que Lena fez questão de recuperar dos laboratórios Cadmus. Pouco havia sido usada, apenas quando Lex a forçava a treinamentos pensados, mas não o suficiente para esgotar tudo o que ela possuia. — Você agora é tão vulnerável ao ambiente como um ser humano... — Nesse instante, Kara franziu o cenho quando Lillian empurrou com cuidado uma agulha em suas veias, e ela sentiu dor. — Sujeito à dor, doença, morte.

Eliza estava empenhada nos resultados dos exames da garota, todos se esforçavam para encontrar respostas para aquilo, mas Lena parecia saber mais do que todos.

Ou Alex e Lillian sabiam os motivos e só estavam com receio de tocar no assunto por não ser de suas contas.

Mas tenha fé, Kara... — A menina suspirou, ainda ouvindo a mesma mensagem o dia todo. — Quando suas células reabsorverem radiação suficiente da estrela amarela da terra... — Kara agora estava fazendo exame de vista, pois pasmem: ela tinha problemas de visão à longo alcance. — Seus poderes irão retornar. — Lena se aproximou dela e ficou em sua frente, deixando um selinho em seus lábios. — Não tema! — Naquela altura do dia, Kara já havia decorado o discurso de sua mãe. — E até estar recuperada, fique com quem confia. — Lena sorriu e Kara entendeu que ela nunca estaria sozinha novamente, que sua família havia aumentado e que aquelas mulheres que estavam ali seriam capazes de fazer qualquer coisa para mantê-la segura. — Eu queria poder estar com você, minha filha. — A cena mudou quando Kara estava sozinha na sala com o holograma da sua amada mãe morta. — Como sempre, o meu conhecimento está a sua disposição para análises futuras.

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