Papai (2 de 3)

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Nikki aguardava pacientemente ao quarto de Jane, perdida em seus pensamentos, pensava no que havia feito a sua frente. Havia sido incrível. Levantar um tanque tão pesado com apenas a força de sua mente, havia sido um choque, talvez salvar o mundo estava mais próximo do que poderia imaginar. Mas... uma pergunta ainda não havia sido respondida, o salvar de quem?

O fechar de uma porta havia tirado Nikki de seu transe, Jane se dirigiu rapidamente em direção a pia, a abrindo rapidamente.

– Jane? Aconteceu alguma coisa? – Perguntou Nikki.

– ... Nikki, eu... espero não estar sendo rude mas, gostaria que fizesse silêncio, por favor... – Disse Jane, se sentando algo distante na cama, separada de Nikki.

– Não se preocupe, eu farei... – Respondeu Nikki, a observando fechar os olhos.

Nikki não sabia quanto tempo esteve ali até que Jane fechou os olhos, não sabia o que estava fazendo, mas observava atentamente suas íris se moverem de um lado para o outro dentro de seus olhos enquanto calada. Nunca pensaria que os olhos de alguém poderiam se mover daquela forma, era estranhamente assustador. Rapidamente, Jane havia aberto seus olhos, rapidamente se levantando de onde estava, abrindo a porta, enquanto saiu rapidamente do quarto.

– Jane?! Ei! – Disse Nikki, indo atrás da garota, a qual rapidamente seguiu pelos corredores em passos apressados.

Jane rapidamente foi em direção a Sam, reclamando sobre a segurança de seus amigos, Nikki havia parado atrás de Jane. Sam pediu para que os cientistas saíssem de lá para que pudessem conversar a sos, Nikki também se virou para os acompanhar, sentia que aquilo não era da sua conta.

"Nikki." Escutou a voz de Jane a chamar, a garota rapidamente parou onde estava, parecia aguardar alguma coisa.

– Fica... Eu quero que você fique. – Disse Jane, cruzando seus braços, desviando seu olhar, algo nervosa.

Surpresa com o pedido de Jane, Nikki se aproximou, encostando em uma das mesas enquanto começou a escutar a conversa atentamente. Jane estava reclamando sobre a segurança de seus amigos, a qual Sam respondeu que iria certificar que nada aconteceria com eles. Também havia perguntado se havia visto onde seus amigos estavam. A qual impacientemente respondeu que estavam na casa de uma tal de Max, planejando matar Henry.

"Quem... é Henry?" se perguntava Nikki enquanto ainda escutava a conversa.

Sam rapidamente perguntou o sobrenome de quem quer fosse Max, após a resposta de Jane, havia garantido que havia algumas pessoas em Hawkins poderiam estar lá para proteger os tais amigos.

– Por favor, não manda o seu pessoal, eu vou. – Respondeu Jane.

– Seus amigos não estão prontos para essa luta, Onze. E você também não. – Disse o estranho de cabelos brancos, descendo as escadas a qual estava. – Você tem que entender, quando o Um mata, ele não só mata. Ele consome. Ele tira tudo das vítimas dele, tudo o que elas são, e o que poderão ser.

"Será que esse Henry é o tal de Um? E a Jane tem esse outro nome... Onze. Será que tem alguma relação?" pensou Nikki, rapidamente tensa com toda aquela situação.

– Lembranças, habilidades. E ninguém sabe por onde ele andou nesses últimos anos. – Disse o estranho homem, se aproximando de Jane. – Mas, se ele sobreviveu por tanto tempo, só podemos supor que ele ficou mais forte. Subestimá-lo, é agir irracionalmente, é perigoso.

O estranho homem a tocou pelo ombro, a levando para algum lugar, dizendo que o que Jane conseguiu fazer era um milagre. Que para vencer o tal de Um, era necessário mais que andar, ou correr.

Era necessário voar, e ela não estava pronta.

Porém, Jane negou com a cabeça.

– Os meus amigos precisam de mim. – Respondeu Jane, olhando firmemente nos olhos do estranho homem. – Eu já ganhei uma vez. Eu ganho de novo.

– Sinto muito, você não pode. É impossível.

– Nada é impossível. – Disse Sam, chamando rapidamente a atenção de Nikki. – Eu ligo para Stinson, ele tem contatos em Nellis, fica a duas horas daqui. Com pressa, dá pra chegar em Hawkins antes do anoitecer.

– Isso seria um grave erro. – Respondeu o estranho homem.

– Esperar seria um erro mais grave ainda. – Disse Sam. – E se o Um agir antes da gente sequer ter uma chance de atacar?

Ambos começaram a discutir, Nikki saiu da frente do que poderia ser uma fervorosa briga, parando ao lado de Jane, cruzando seus braços.

– ... Mas ela está aqui, na nossa frente, fazendo essa escolha. – Disse Sam, se aproximando de Jane. – Tem certeza que você quer fazer isso?

Após alguns momentos de silêncio, Jane concordou rapidamente com a cabeça.

– Tudo bem, arrume suas coisas e prepare-se para se despedir. – Respondeu Sam, tocando ao braço de Jane, saindo em seguida.

Nikki ainda conseguia sentir a tensão que estava naquela sala, observando Jane olhando para o estranho homem de cabelos brancos, a qual em seguida, estava olhando em sua direção. Um rosto estranho em sua face.

– Nikki... vamos. – Disse Jane, seguindo em frente.

Nikki a acompanhou em seguida, a maneira que havia olhado para si havia sido estranho, tinha um mal pressentimento sobre isso.

...

Nikki saiu em companhia de Jane, a qual esperou que aguardasse ao meio do corredor, concordando brevemente. Rapidamente, Nikki sentiu um braço a puxando, um dos homens a qual guardava o lugar sorria em sua direção.

– Desculpe mocinha, mas você não vai a lugar nem um. – Disse o homem, enquanto a prendeu por um dos braços, enquanto o outro passou próximo de si, fechando a porta onde Jane havia entrado.

Ei! Me solta! – Gritou Nikki, o outro homem a agarrando pelos braços.

– Desculpe, ordens do doutor... vamos fazer uma visita ao doutor Sam, sim? – Disse o outro homem, a agarrando pelo o outro braço.

Enquanto tentava se soltar, Nikki mordeu rapidamente um dos braços do guarda, a qual rapidamente gritou em dor, a soltando rapidamente, o chutando pelas partes intimas em seguida. Conseguindo se soltar do outro a qual ainda estava a segurando, correu rapidamente de onde estava. Virando em um dos corredores, aguardou o outro passar para colocar o pé no meio, o derrubando rapidamente, Nikki correu em direção ao mesmo lugar que havia se escondido antes, fechando a porta quietamente, se colocando no lugar mais escuro que podia, tentando conter sua respiração.

Enquanto tentava se acalmar, escutou barulhos a qual vinham de cima. Um deles parecia de vento sendo cortado e um que claramente havia reconhecido.

Carros.

A novata da sala 2 - (Eleven x Oc)Onde histórias criam vida. Descubra agora