12.

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── Tá linda, nega

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── Tá linda, nega. ── falo com a mulher em que acabei de fazer tranças.

── Suas mãos são de fadas, Mari. ── sorrir animada.

── Obrigado meu anjo. ── ela deixou o dinheiro com a Rai que está na recepção.

Acabei de almoçar com Vitor e xamã, tava com saudade do chinês.

Meu coração para quando escuto o barulho de tiro. Vejo negresco subir correndo com a mochila de droga nas costas e o rádio na outra mão.

── Negresco, você viu o Cabelinho!? ── grito.

── Ele desceu lá embaixo atrás do xamã, foi ele que deu o tiro! ── grita mas sem parar com a corrida.

Escuto outro barulho de tiro e meu coração para. Me sento no sofá com a mão no peito. Sinto minha respiração ficar desregulada e Raissa logo está na minha frente.

── Calma miga, relaxa. ── ela toca em meu rosto ── Milena pega a mochila dela. ── pede e em seguida a bombinha foi colocada em meus lábios ── Ele tá bem amiga, relaxa.

Sinto seus braços acolhedores ao redor de mim e agradeço a Deus pelo salão estar vazio nesse momento.

── Quero ligar pra ele. ── sussurro e pego meu celular.

Me levanto com as pernas trêmulas e pego a bombinha. Saio do salão e me sento no muro discando o número de Vitor Hugo.

Chama, chama, mas não atende. Meu peito se aperta e continuo a soprar a bombinha. Aí Deus, que ele não tenha se machucado.

Eu sei que ele merece, mas espero que ele não tenha se machucado.

── Boa tarde moça. ── escuto a voz masculina e encaro o policial a minha frente.

── Minha tarde não há muito boa não, moço. ── falo e minha voz saiu embargada por conta do choro.

── Queria saber se você viu esse cara, aqui. ── me mostra a foto no celular.

Minha boca se abre surpresa ao ver a foto do homem. Porra não consigo esconder as emoções.

Era o negresco, minha nossa. Oque esse menino fez?

── Não, não vi moço. ── cínica, esse é meu nome.

── Então porque a surpresa? ── perguntou sério.

── Ah, um macho lindo desse no tráfico. ── suspiro fingindo estar desapontada ── Acaba com a vida. ── mecho em meu cabelo.

O policial balança a cabeça e logo agradece, respiro fundo e balanço minhas pernas agoniada.

── Calma menina. ── Rai me abraça.

Bato meus pés com raiva no chão, o filho da puta do Vitor levou a porra de um tiro. Eu tô passando mal, meu Deus!

Terça De TardeOnde histórias criam vida. Descubra agora