── Do nada ce me liga pra fazer aquelas cosias. Sabe que o vaqueiro é quem te deixa louca! ── canto juntamente a Raissa.
E não é que eu vim pro forro? Tá simplesmente perfeito.
Vitor Hugo tá ali na frente conversando com o Braia, mas parece uma sombra atrás de mim. Onde eu vou ele tá atrás.
── Braia tá me olhando demais. ── Raissa resmunga.
── Aí que calor da porra! ── Caio grita aparecendo.
── Tá mesmo, migo. Tô fritando. ──concordo com ele e arrumo meu top tomara que caia preto.
Olho para o lado, vendo Vitor lamber os lábios enquanto eu arrumo a blusa. Ele quer mamar...
── Vou no banheiro, já volto. ── aviso aos dois.
Caminho entre a multidão e ajeito meu celular no cós do short jeans. Olho para trás vendo Vitor Hugo me seguir enquanto tem um baseado nos lábios.
Caminhei até estar fora do local lotado. Sinto os braços quentes do homem em minha cintura e sorrir.
Me viro pra ela já beijando essa boca gostosa que ele tem. Nossas línguas se encostam deliciosamente, sua mão aperta minha cintura e ele logo desce pra minha bunda apertando bem forte.
Fui prensada na parede e gemi sentindo sua ereção na minha perna.
── Vamo pra casa? ── pergunta me encarando.
── Nescessito. ── respondo em um sussurro.
Cruzo nossas mãos e caminhamos em direção a nossa casa. Certo, o doido levou um tiro na perna a mais de um mês e eu ainda do preocupada. Ele tem que andar.
── Tá escutando isso? ── Me pergunta parando de andar.
A rua está deserta, eu mesma não escuto nada.
── Oque, amor? ── pergunto e em seguida escuto um choro alto de... bebê? ── É um bebê Vitor Hugo. ── o aviso e ele começa a andar para o lado certo de onde vinha o choro.
Ele me leva junto, já que está com as mãos cruzadas as minhas.
── Aí Deus. ── sussurro vendo a pequena criança embolada em um lenço sujo e com pequenos machucados ── Não chora amor, não chora, não chora. ── a pego sentindo uma dor imensa no peito ── Quem fez isso com você, filha?
── Mano, nois tem que levar ela pro hospital. Oia esses machucado nela. ── Vitor Hugo diz angustiado.
── Amor calma. ── falo com calma para ele que me encara ── A gente vai pra casa, pega o carro e levamos ela no posto.
── Posto nada, vamo levar ela no hospital que de lá nois passa ela pro nosso nome. ── o encaro assustada mas não deixo de tirar o sorriso do rosto.
── Tudo bem, vamos.
── Nossa filha? ── pergunto ao homem que está um pouco mais calmo na cadeira ao meu lado.
── Nossa princesa. ── me encara e tive que sorrir pra ele ── Vamo criar memo?
── É lógico que vamos. ── afirmo ── Eu te amo muito, de verdade. ── beijo sua boca rapidamente.
── Te amo também, você e ela são minhas vidas. ── sorrir pra ele.
── A pequena está bem. ── a enfermeira fala aparecendo ── Mas acho que vocês não são os responsáveis dela, estou certa? ── concordamos com a cabeça ── Analisamos bem ela, e percebemos que ela tem menos de um mês. Praticamente uma recém nascida. ── respiro fundo segurando o choro.
── Mas e pra nois pegar ela? ── Vitor Hugo pergunta enquanto aperta minha mão.
── Teremos que fazer uma pesquisa, para termos a certeza de que ela não tem parentes e realmente foi abandonada. ── bufo com raiva ── Ela ficará aqui por dez dia, para temos certeza de que ela está bem, assim vocês podem adotar ela legalmente.
── Com você não foi assim, Mari. ── Minha vó me diz.
── Se você também é adotada, talvez no seu caso devem ter achado algum parente seu. ── meus olhos vão em direção a Filipe que está com os cotovelos apoiados no joelho e com o queixo apoiado nas mãos olhando pro nada.
── Tudo bem. ── me encosto na cadeira ── Podemos ver ela? ── pergunto.
── Infelizmente ela está na incubadora, terão que decidir quem dos três irá ver ela. Apenas um pode entrar. ── mordo os lábios.
── Vai tu, amor. ── Vitor Hugo me diz e o encaro ── Tira uma foto discreta lá dela, pro pai ver.
Sorrir com a fala dele e beijo sua boca rapidamente. Me levanto do assento e logo a enfermeira me leva até onde minha pequena está.
Tomo praticamente um banho de álcool em gel e entro na sala.
Quase choro ao ver alguns roxos em seu corpinho pequeno. Limpo a lágrima que desce e toco no pequeno vidro lentamente. Queria tá com ela no colo...
── Eu amamento, queria saber se meu leite tem nutrientes suficientes para que eu posso amamentar ela. ── falo com a enfermeira.
── Tem um médico especialista pra isso, doutor Carlos.
── Ah... tudo bem. ── respondo e encaro a pequena criança na incubadora ── Meu Deus, você e branca. Nunca que vão imaginar que é minha filha. ── brinco e a enfermeira rir.
── Quando são muitos novos, não podemos ter a certeza da cor deles. ── me explica ── Mas ela é meio amarela, talvez possa ficar quase da sua cor. Mas pro lado parda.
Abro a boca surpresa, certo. Pra ser mãe é necessário que eu tenha minha mente focada em só uma coisa.
── Então dona Maria, assim que sair terá que assinar um papel pra certificar que será a única a entrar aqui. Tudo bem?
Concordo com a cabeça.
Vejo que a enfermeira saiu e tirei uma foto discreta da bebê. Vejo que são três da manhã. Preciso urgentemente dormir.
── Tchau, filha. Te amo. ── sussurro me afastando do cubículo que prende minha filha.
Sim, minha filha.
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Terça De Tarde
FanfictionNão a nada que possa fazer, quando duas almas estão destinadas a ficarem juntas. Esse é o caso do Vitor Hugo e Mariana, o destino uniu os de uma forma "estranha", porém isso não modificou o sentimento que um tem pelo outro. ━━ Terça de Tarde, ela...