Capítulo 21

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Amores, esta história grande parte dela é baseada em fatos reais, não estou aqui apontando religião, ao contrário, respeito todas.
Só esclarecendo que a conversa que tem relatada aqui, existiu e foi exatamente assim até um pouco mais pesada, como disse, não estou entrando no quesito religião ou Igreja, apenas no que de fato aconteceu.

Agora que foi esclarecido, bora pro capítulo.

PV. Anastácia

— Tem certeza que me ajudar não vai te atrapalhar?

— Tenho, vamos? — Responde pegando minhas coisas.

Saio do hospital acompanhada por Christian e Taylor, me surpreende quando ele senta ao meu lado no banco de trás.

— Onde vamos?

— Primeiro precisamos ir ao banco, abrir uma conta para você depositar o cheque, em seguida, resolveremos outras coisas. — Confirmo com um aceno.

Ainda não sei o que pensar ou como agir, o que fazer da minha vida, só sei que preciso tomar uma atitude e mudar tudo o que já vivi, observando a família Grey, vejo como deveria ter sido a minha vida, tive bastante tempo para pensar todos esses dias internada, como Elliot havia dito, seu irmão não iria embora como não foi, tanto que estou aqui dentro do carro dele sentada, deixando que ele me ajude a resolver a minha vida.

— O que quer fazer Ana? — Pergunta me tirando dos meus pensamentos.

— Como?

— De faculdade.

— Ah sim, ainda não pensei, você sempre soube o que queria ser?

— Sim, sempre quis fazer justiça, odeio impunidade e covardia, me irrita que as pessoas usem de força para conseguir o que querem.

— Entendo.

— Você nunca pensou no que gostaria?

— Não, nunca fui permitida a pensar no futuro, cresci ouvindo que o correto era a mulher ficar em casa servindo ao marido e cuidando dos filhos, acho que fui educada para isso.

— Não existe um lugar certo para as pessoas Ana, o lugar certo é onde elas queiram estar, ter sonhos e planos é o que nos motiva a viver, se não a vida perde o sentido.

— Minha mãe sempre disse que a mulher deve sonhar os sonhos do marido os desejos dele, que a felicidade dele deveria bastar.

— Isso é loucura, você se anula em prol de outra pessoa? — Confirmo com a cabeça. — Porque não podem os dois terem sonhos? Terem sua individualidade e sim em partes concordo de que os sonhos e planos enquanto casal deveriam ser os mesmos, mas não entra na minha cabeça, que você não tenha o direito de querer, e ter que desejar somente algo que outra pessoa quer. — Diz um pouco nervoso.

— Sempre pensei assim, mas ela dizia que não existem pessoas assim, que a mulher deve ser submissa ao marido e fim.

Ele me olha por um tempo.

— Agora você tem o direito de querer Ana, tem o direito de sonhar de desejar e principalmente de ser quem e o que você quiser, mais uma vez te pergunto, o que você quer ser?

Por um momento me permito pensar em tudo que quero e desejo, consigo me ver no futuro sendo uma pessoa diferente da que fui até hoje, não no meu jeito de ser, mas nas minhas atitudes de agora ser dona da minha vida, e é o fato de pensar nisso que a realidade cai sobre mim como uma bomba, por mais que eu queira ou tente negar ainda estou ligada a Alex, pelo resto da minha vida, automaticamente meus olhos se enche de lágrimas.

— Posso te pedir um favor? — Pergunto um pouco sem jeito.

— Claro.

— Depois de irmos ao banco você pode me levar à Igreja?

SilêncioOnde histórias criam vida. Descubra agora