Capítulo 12

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[Lee Félix]

Não sei como as coisas chegaram a este ponto. Não sei como isso foi acontecer. Apaixonado por Hyunjin. É assim que estou. Não foi difícil para mim reconhecer meus sentimentos, mesmo que eu jamais tenha sentido algo nem minimamente parecido.

A ansiedade por sua chegada, as mãos suadas ante a mera visão de Hyunjin, o que sentia durante o sexo. Não era mais apenas prazer, estava diferente. O coração faltava explodir de emoção perante o orgasmo, ou ao pegar no sono juntinhos, acordando sempre emaranhados um no outro. Para começar tudo de novo. E começar de novo. E cada vez mais o contato com ele era insuficiente. Cada vez mais a separação era doída para mim.

Mesmo que fosse por pouco tempo. Mesmo que ele sempre retornasse à noite. E durante estes dois meses, Hyunjin somente não esteve comigo nas noites em que viajou, não que ele tenha me informado, não temos este tipo de relação. Soube de seus compromissos por sua rede social, que acompanho sem nenhum pudor, através de um perfil falso. Lá soube que tinha viajado a trabalho.

E foi então que percebi o tamanho da merda em que estava metido. Por não receber nenhuma justificativa por sua ausência, por temer que durante esta viagem outra ocupasse um lugar ao seu lado na cama. E sofri, muito. E neste dia vieram as primeiras lágrimas. Por ter sido tão fraco ao ponto de deixar-me dominar por um sentimento sem futuro algum, por ter me permitido apaixonar perdidamente por alguém que somente me vê como um objeto, que somente me quer em sua cama, e eu jamais fui iludido ou enganado do contrário.

E isso me martirizava, deixava-me entristecido. Até mesmo Yoona já tinha percebido, e por isso sempre me convidava para ir ao shopping, para um almoço, algo que me distraísse, que me ajudasse a passar por meus dias solitários, pois por mais que minhas noites fossem quentes, com sexo tórrido, meus dias eram monótonos, permeados de uma expectativa sem fim.

E as coisas só não estão piores porque Yoona me presenteou com um curso completo de escrita, além é claro de um tanto de material voltado para aqueles que desejam publicar livros de forma independente. O meu sonho. E ela sabia disso.

Existiam muitos rascunhos, mas antes não tinha tempo e nem dinheiro para ir além. Pois tinha que tentar ajudar minha amiga a colocar um teto sobre nossas cabeças e comida na mesa. Talvez até, em algum momento, eu poderia pensar em dedicarme totalmente a este universo ao qual tenho devoção, muito embora antes do contrato, meu passado não oferecia condições para isso.

O que não é o caso agora. Atualmente tenho tempo e dinheiro. Posso dar-me ao luxo de pagar por serviços como revisão, diagramação, divulgação e até mesmo ilustração. Além de poder passar todas as horas do meu dia escrevendo, pesquisando. E é este meu envolvimento com tudo isso que me impediu de surtar, de fraquejar. Tudo isso me manteve forte até aqui. Até hoje.

Pois desde que o relógio marcou a hora em que ele comumente aparece, meu coração se comprimiu no peito. Por sua ausência. Por saber que ele não virá. Esta certeza me foi trazida por um site de fofocas qualquer, que me mostrou o destino de Hyunjin. Sim eu os acompanho, recebo até mesmo alerta de novas notícias. Acompanho desde a fatídica viagem dele.

Para saber se descobria algo, para saber se realmente as fotos em sua rede social condizia com a total realidade do que ele se propôs a fazer fora do estado. E a reportagem de hoje me trouxe o lugar onde Hyunjin estava. Uma festa, em uma mansão. Na casa de um tal de Han Jisung.

Na matéria foi mostrado sua chegada, devidamente acompanhado. Numa intimidade aparente, a posição de sua mão não deixava dúvida alguma disso. E a stalker que me tornei foi muito além das fotos. Foi na rede social do, até então desconhecido para mim, Han jisung. E praticamente acompanhei a festa pelos stories.

Ômegas e betas fazendo topless à beira da piscina. Casais em situações comprometedoras e ele. Com um loiro no colo. Íntimos, sabidamente nas preliminares que antecederam o sexo que certamente aconteceu. E foi quando chorei. Foi quando me desesperei. Não sei se pela dor de saber que o Alfa por quem sou apaixonado não sente o mesmo por mim, ou se foi porque para Hyunjin é muito fácil e prazeroso ter outro em sua cama, quando para mim ele é o único, quando morro por tê-lo dentro de mim.

Em algum momento da noite meu corpo cede ao cansaço e caio em um sono agitado, em que as imagens vistas mais cedo fazem questão de me perseguir. Até ser acordado por alguém. Até ser acordado por Hyunjin

— Quero você, Loiro. — Diz com a voz totalmente embolada. Certamente a quantidade de bebida ingerida na noite passou longe de ser considerada socialmente adequada. E beija-me. Nas costas, pescoço e nuca. Onde sua boca alcança.

O cheiro de álcool se sobressaindo a qualquer outro, mesmo que saiba que seu corpo deve estar cheirando a outra, a outras. Meu corpo traiçoeiro me instiga a aproveitar o contato. Instigame a procurar por sua boca.

Felizmente meu orgulho impede-me de obedecer a tão burro órgão. Meu amor-próprio evita que eu perca o restante do respeito que tenho por mim mesmo.

— Hyunjin hoje não posso, estou dolorido ainda. —  Ele demora a entender. Parece lento. O excesso de álcool cobrando seu preço.

— Como?

— Estou dolorido ainda, não podemos fazer nada. — Digo sem me virar. Não quero vê-lo, seria impossível não me entregar. Mesmo que ele talvez nem perceba ou se incomode com meus olhos inchados pelo choro, mesmo que sua bebida ou falta de sentimento o deixe cego a tudo e qualquer coisa que não seja o desejo que ele ainda sente por mim.

— Mas podemos...

— Estou com muita dor, Hyunjin. — Digo, interrompendo-o

— loiro, tô com saudades! —  Por pouco não entendo o que ele quer dizer. Melhor até seria se não tivesse entendido. Pois dói saber que se trata de uma mentira, dói ter visto tudo que vi

— Realmente estou com muita dor. Insisto — valorizando a situação. Sabendo que estou longe de estar tão afetado assim. — É melhor você ir para a sua casa. Talvez lá...

— Não, quero dormir com você! — E me agarra. Fortemente. Aperta-me como se eu fosse importante. Como se jamais fosse me deixar. E isso faz as lágrimas que estava segurando saírem em abundância. Faz o choro vir.

Silencioso, para que não entregue toda a dor que sinto. Mesmo que já o escute ressonando, a noitada finalmente vencendoo pelo cansaço. E enquanto ele dorme ao meu lado, com o corpo traidor totalmente colado ao meu, eu me desmancho em lágrimas.

Deixo o meu sofrimento vir à tona. Às quatro horas da manhã, de um dia que ainda nem nasceu, mas que já traz uma certeza dolorosa. Tenho pela frente um tempo de dor. Tenho pela frente um castigo que jamais achei que merecesse. O de amar um Alfa impossível.

O de amar um Alfa  que não me é fiel. E o pior de tudo é que tenho que calar, que silenciar. Pois esta foi a minha escolha, assinei papeis que obrigam o meu silêncio. Mesmo que minha alma grite e meu coração sangre. Mas nada posso fazer, terei que suportar. Somente posso torcer para que o tempo que reste passe rapidamente, ou rezar para que ele me liberte do contrato que aprisionou e destruiu o meu coração.



 Somente posso torcer para que o tempo que reste passe rapidamente, ou rezar para que ele me liberte do contrato que aprisionou e destruiu o meu coração

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🔞 𝐅𝐚𝐭𝐚𝐥 𝐓𝐫𝐨𝐮𝐛𝐥𝐞 𝐀𝐜𝐭¹: 𝐇𝐲𝐮𝐧𝐥𝐢𝐱 🔞Onde histórias criam vida. Descubra agora