Após a morte de sua sogra, Dulce Maria e seu esposo Daniel decidem se mudar para a casa que ficou de herança da família. O casal se muda por problemas financeiros e dispostos a recomeçar no lar onde Daniel foi criado.
Mesmo após a mudança, Daniel pe...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Voltei para a oficina transtornado, um misto de culpa e desejo me consumindo, passei direto e entrei em casa pela entrada da oficina, Luciano ficou me olhando boquiaberto sem entender minha atitude.
Devo estar pálido, pois me sinto mal, suando e trêmulo com o que vivemos ali naquele sofá. Eu nunca me interessei por nenhuma mulher comprometida, e nesse momento reprovo a mim mesmo por ter tido aquela reação.
Obedecer seus desejos é uma merda, não deixe seu corpo falar por você. É o que estou repetindo agora mentalmente me olhando no espelho.
Jogo uma água fria para acordar desse sonho e voltar a trabalhar. Seco com a toalha e me aproximo de Luciano na oficina.
(...)
— aconteceu alguma coisa né? Por que você voltou assim? Foi socorrê-la e parece que você que tá machucado! Ah... Isso tá muito estranho, toda vez que ela tem um problema, procura por você, que volta mais perdido do que nunca.
— digamos que estou machucado. — puxo o banquinho para me sentar. — você viu que eu tive que ajudá-la, ela torceu o pé, e a levei para dentro. Coloquei um gelo em seu pé, vi como ela estava frágil e agradecida pelo meu gesto, acabei não resistindo quando vi que ela estava muito perto de mim, e... acabei dando um beijo nela. — digo desviando o olhar.
— você a beijou?! Alemão, você ficou maluco? Sabe que ela é casada! Deveria repensar suas atitudes. Eu te avisei que isso não ia prestar!
— que merda, está me deixando pior dizendo essas coisas. — retruco.
— o que quer que eu diga? Quer que eu aprovo isso? Até diria "uau, como foi com ela?" Se de fato não fosse esposa de um dos meus amigos mais antigos.
— eu sei, eu sei, eu errei feio. Mas você e eu sabemos que ela estava querendo tanto quanto eu. Estava escrito em seu olhar, seus gestos carinhosos... como queria que eu me sentisse? Aquilo foi me encorajando.
— Eu imagino. Mas como pretende lidar com isso?
— Eu não sei... ainda tô perdido.
— Como foi a reação dela?
— Ela correspondeu, demos um belo amasso, entende? Do nada ela me soltou, como se tivesse se tocado do que havia feito. A impressão que eu tenho é que quando estamos juntos ela sequer lembra que é casada.
— Deve ser porque o marido quase não fica por perto. Será que ele a trai?
— Ele? Não.. não... com certeza não.
— Sei lá em... sempre tão longe. Mas enfim, acho melhor você se afastar de vez dela. Vocês já viram que amizade e cordialidade não funciona. Da próxima vez que ela cair no chão vai ter que deixar ela se espatifar, para não ter beijos e amassos de novo.
— quanta ignorância. Você tá exagerando também.
— será? Se você tivesse ficado aqui dentro, não teriam se beijado la.
