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Quando abri a porta, Daniel estava sentado no sofá e de braços cruzados, como se fosse meu pai

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Quando abri a porta, Daniel estava sentado no sofá e de braços cruzados, como se fosse meu pai.

(...)

— posso saber onde você estava a essa hora? — perguntou.

— eu? Fui dar uma volta, espairecer um pouco... — entro na cozinha e pego um copo d'água.

— espairecer? que conversa é essa, Dulce!! Você nunca foi de sair à noite, ainda mais sem avisar! E, porque não me atendeu quando te liguei?

— porque eu estava ocupada, Daniel. Por isso! Aliás, você deveria apoiar que eu tivesse uma vida social também, afinal você não para em casa, e sei que deve ter as suas escapulidas por aí.

— o que você está insinuando?! — ele se aproxima irado.

— você sabe muito bem, eu já desconfio a tempos, sei que nessas viagens tem algo a mais. Só não procuro porque não estou a fim de encontrar nada, mas se tem alguém aqui que tem culpa no cartório é você.

— fique quieta, se tem alguém que pode dizer as coisas aqui, sou eu, ouviu?! E mulher minha não sai assim a noite quando quer não, ainda mais com esses vestidinhos, tá ouvindo bem?! — ele agarra os meus braços e chacoalha me jogando sentada no sofá.

— já chega! Sai daqui! — me irrito.

— eu sair?! A casa é minha, e eu é que devo dizer isso, você é a vagabunda aqui! — me levanto irritada.

— pois eu saio, fique com a porcaria da sua casa, estou deixando seu caminho livre para pintar e bordar com a cara de outras, tá ok?

— onde você vai? — ele me segue em direção ao quarto.

— não interessa. Me deixe em paz. — pego uma mala
de mão e começo a colocar algumas coisas para passar a noite fora.

— está mesmo disposta a me deixar? Acha que será fácil assim?!

— eu farei o possível, para não olhar na sua cara.

— você não tem ideia com quem está se metendo! — ele conclui.

— espero que não esteja me ameaçando, Daniel. — fecho a mala e saio pela porta da sala enquanto ele segue falando algumas bobagens.

Eu não prestei atenção em mais nada que ele dizia. Só entrei no carro e segui dirigindo. Não pensei em ficar na casa das meninas aquela noite, muito menos na casa de Christopher que é logo ali na frente, então decidi que iria para casa dos meus pais na minha cidade natal. Dirigi até Alvorada que não era tão longe assim e eles me receberam de braços abertos.

O meu pai estava muito cansado e logo foi se deitar, a minha mãe preparou a minha antiga para eu poder descansar.

(...)

— filha, o que aconteceu, porque está tão nervosa?

— mãe, eu briguei com Daniel. E foi uma briga feia!

Doce Desejo | VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora