Após a morte de sua sogra, Dulce Maria e seu esposo Daniel decidem se mudar para a casa que ficou de herança da família. O casal se muda por problemas financeiros e dispostos a recomeçar no lar onde Daniel foi criado.
Mesmo após a mudança, Daniel pe...
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Algum tempo depois...
Os dias estão tão corridos e cansativos, que só assim tenho desviado minha atenção para uma coisa revelante. Se não fosse a minha rotina agitada de trabalho, certamente estaria lamentando a ausência de Daniel em casa. Mas de certa forma, a ausência dele tem sido melhor do que receber meu marido cheirando a bebida em casa.
Eu definitivamente não estou o reconhecendo. Sabe aquela sensação de estar convivendo com outra pessoa? É assim que me sinto. Eu o conheço tão bem, mas nos últimos tempos tem sido complicado decifrar seu comportamento.
Desde aquele almoço para os meus pais, que as coisas não andam bem. Eu não fiz questão de me acertar de fato com ele, e o bonito se irritou comigo desde então. Lembro-me dele saindo da casa do Ucker, com um semblante sério, cara de poucos amigos. Eu sigo curiosa desde então, mas, se ele não reconhece que está agindo errado comigo, eu é que não vou correr atrás. Se ele quer colocar tudo a perder, que perca!
Estou empenhada em investir em mim, no meu negócio. Já tem um tempo que venho economizando para financiar um carro. E tem uma semana que estou negociando com uma empresa daqui do bairro. O carro é daqueles na cor azul metálico que eu acho lindo, e se Deus quiser será meu! Fruto do meu trabalho com os doces!
Outro hobbie que vem me distraindo bastante é fazer academia. Eu descobri que gosto de exercitar em um ambiente fechado, e desde então quase nunca falto. Ainda mais porque descobri a poucos dias que Christopher malha lá. É a academia onde Anahí trabalha, e eu só liguei os pontos dessa informação depois que de fato entrei lá.
É lá que a tal Isabele o cerca! Ô mulherzinha insistente, da pra ver que ele não está afim!
Estava perto da recepção, conversando com Anahí quando de repente comecei a sentir um calor incomum, minha pernas tremiam e meu corpo pedia por algo que não sabia dizer.
— Nossa, aqui está muito calor!! — exclamo a ela que me olha de lado sem entender minha reação.
— Amiga, estamos com o ar condicionado no máximo, você está bem? — ela riu.
— No máximo? Não... isso só pode estar com defeito! Olha como estou! — ela começa a em encarar com olhar intrigante.
— Isso está me parecendo outra coisa. — ela diz olhando de lado para mim.
— outra coisa, como assim?
— Dulce, você não transa a quanto tempo?
— que? Que pergunta é essa? Nada a ver em...
— É sério, eu sei como é ficar sem sexo, eu já fiquei um tempo sem, quando Alfonso precisou fazer uma cirurgia.
— Não diga isso, eu apenas estou muito sobrecarregada com tudo e com esse treino novo eu estou ficando acabada.
