Depois da conversa decepcionante que tive com Daniel. Voltei para cozinha, peguei os pratos e talheres e fiz a mesa posta. Não deu tempo para continuarmos o assunto pois logo meus pais chegaram e Christopher apareceu junto.
Foi estranho o momento que apresentei meus pais a ele, tive uma impressão de que rolou uma tensão no ar.
— Hmmm.. que delícia esse cheirinho de feijoada, sabe que eu amo! — minha mãe comenta entrando.
— como vai, mãe? — digo a abraçando.
— bem e você meu amor, melhorou da dorzinha no pé? — ela pergunta carinhosamente.
— estou melhor. — digo.
— sua mãe disse que você havia se machucado. — meu pai conclui.
— isso? ah, não foi nada, apenas escorreguei na calçada. Mas estou melhor. — engulo seco e Christopher me encara.
— E aí Ucker, tudo bem? Fica a vontade amigão. — Daniel diz.
— Tudo bem! Obrigado. — ele responde.
— Meus sogros, esse é o Ucker, meu velho amigo que mora aqui na frente. É nosso convidado especial hoje, pois ele que fez o favor de resgatar a Dulce do tombo. — ele diz e fico sem jeito.
— É mesmo, rapaz? Fico imensamente grata! — minha mãe sorri pra ele.
— Obrigado, jovem. — Meu pai Adriano responde.
— Imagina, não custa nada... e eu vi tudo, era meu dever ajudá-la. — ele me encara.
— Não importa, você fez um ótimo papel. Obrigada mesmo. — ele sorri tímido.
— Bom, vocês chegaram na hora certa, o almoço está pronto. Já preparei a mesa, podem se servir. — digo.
— Hmm, isso parece ótimo — minha mãe diz se aproximando das panelas.
Todos se serviram, esperei para que eu finalmente pudesse me servir também. Minha mãe se sentou de frente para mim e ao lado de Christopher, do seu outro lado estava meu pai, e ao meu lado Daniel, de frente para o Christopher.
— E então, o que acharam da minha feijoada? — digo sorrindo satisfeita, sei que sou ótima com esse prato.
— filhinha, que mãos abençoadas você tem, posso dizer que está melhor que a minha! — ela diz com a boca cheia, me fazendo rir.
— não exagere, mãe.
— ela arrasa mesmo, inclusive os doces estão indo de vento e polpa, está vendendo bastante. — Daniel diz.
— Fico muito feliz, confesso que quando ela me disse que iria começar, eu desacreditei que ela iria tão a fundo. — ela comenta.
— Mas a Dulce é assim, vai até o fim quando quer muito uma coisa. — meu pai completa.
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Doce Desejo | Vondy
RomanceApós a morte de sua sogra, Dulce Maria e seu esposo Daniel decidem se mudar para a casa que ficou de herança da família. O casal se muda por problemas financeiros e dispostos a recomeçar no lar onde Daniel foi criado. Mesmo após a mudança, Daniel pe...