Após a morte de sua sogra, Dulce Maria e seu esposo Daniel decidem se mudar para a casa que ficou de herança da família. O casal se muda por problemas financeiros e dispostos a recomeçar no lar onde Daniel foi criado.
Mesmo após a mudança, Daniel pe...
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Estou hospedada na casa das minhas amigas Anahí e Angelique. Dois verdadeiros anjos! E posso dizer com toda a certeza do mundo que conhecê-las, e conhecer o Christopher, foi a melhor parte de termos nos mudado para a capital!
Tem algumas horas que recebi alta do hospital, graças a Deus! Anahí conversou comigo até dar o seu horário de trabalho, e Christopher precisou voltar para a oficina. Ele me prometeu que na hora do almoço vinha me ajudar a comer e me fazer companhia. Eu literalmente ganhei na loteria com um homem desses.
Depois do acidente, eu percebi que estou muito reflexiva e sentimental, talvez eu tenha que passar por algum acompanhamento psicólogo, pois foram fortes acontecimentos um seguido do outro. Para começar o atentado, depois a briga com Daniel, depois o acidente e agora a separação...
A minha vida que era tão pacata, de repente desmoronou. Eu posso dizer que sempre tive uma vida muito calma, e quando nos mudamos para cá, eu enfrentei algumas crises de ansiedade, calada no meu interior. Não poderia demonstrar que eu estava mal com os nossos problemas financeiros, e no final, tudo me sufocou.
Ainda bem que consegui me reerguer profissionalmente, e por sorte tenho saúde para lutar com garra pelo meu sustento. Imagine só, ter que ficar desempregada depois da separação?! Sem condições....
Já ia dar meio-dia, quando ouvi a porta da sala se abrir. Era o Christopher, ele estava com um sorriso largo no rosto e veio correndo me abraçar delicadamente.
— Oi, amor. — digo sorrindo.
— Oi, linda... Como você está?! — ele se sentou ao meu lado.
— Estou bem, não poderia estar melhor agora que você chegou. — digo.
— Vejo que está toda melancólica em... Espero que esteja com fome.
— Um pouco... o que você trouxe aí? — Pergunto olhando uma marmita que estava nas suas mãos.
— Eu preparei uma sopinha pra você... sei que foi o que você mais comeu no hospital, mas foram recomendações médicas, e estou torcendo muito para estar boa! — ele sorriu de lado.
— Aiii, é claro que deve estar... e honestamente, não me importo de comer sopa, ainda mais vindo das suas mãos... você me trata com tanto carinho que é certeza que eu vou amar. — sorrio e ele alisa o meu rosto com carinho.
— Da uma olhada... — ele destampou e aquele cheirinho de tempero caseiro invadiu as minhas narinas me deixando com água na boca.
— Céus, Christopher, isso aqui parece ótimo! Que cheiro maravilhoso... — A aparência também parecia ótima.
— Eu sei o quanto você gosta de caldinho assim, a sua mãe me contou. E fiz questão de colocar os legumes que você mais gosta...
— Você sempre pensa em tudo, não é?! Também deve saber o que eu estou pensando agora. — sorrio com malícia.
