Sapatos desgastados

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A noite se finalizou com uma linda cantoria, uma orquestra maravilhosa com uma música maravilhosa acompanharam a gente pelo resto da noite. Eu fui para o meu quarto um pouco mais cedo, mas a música ainda poderia ser ouvida. Tirei todas as joias e maquiagem, as meninas colocaram meu roupão de cetim em cima da cama antes de eu as dispensar, tomei um banho quente e finalmente hidratei meu cabelo que estava uma bagunça.

Quando sai vesti o fino tecido, peguei um de meus livros e me sentei na sacada. Não havia nenhuma estrela no céu, apenas a luz da lua que atravessava as nuvens de uma tempestade que logo iria começar, a música ainda podia ser ouvida, agora de longe parecia só uma melodia suave, como se estivem sussurrando no seu ouvido, minha opaz foi tirada quando a porta abriu e eu vi aquela figura de cabelos morenos e trajes formais. Quando Percy e seus olhos verde-mar me acharam na escuridão ele abriu um sorriso e se aproximou.

-- Sabia que estaria acordada -- Disse o príncipe enquanto se aproximava -- É melhor entrar, a previsão é de uma chuva forte.

-- Olha ele todo preocupado -- zombeteiro guardando o livro -- Sabe um banho de chuva não faz mal a ninguém.

Percy ao perceber minhas vestimentas quase virou um tomate, aquilo quase me fez morrer de rir. Fui para a sacada denovo. Agora observava a vista, no fundo, bem distante dava para ver uma luz, provavelmente a cidade. Me apoiei na mesa, as primeiras gotas de chuva pousaram em minha cara, talvez a hidratação no meu cabelo tenha sido em vão, mas não deixei abalar. Outra música começa a tocar e eu me viro para Percy.

-- Você não devia estar lá embaixo? -- Questiono enquanto o mesmo ainda está dentro do quarto.

-- Queria ver você -- Percy respondeu calmamente -- Você saiu mais cedo, fiquei preocupado.

-- Como eu amo essa música -- comento me levantando e dançado sozinha.

A um tempo atrás meu pai juntou um dinheiro para comprar um rádio lá para casa, já que os meninos gostavam de música. Quando essa música tocava, meu pai me puxava para dançar, uma dança desajeitada que sempre resultava em pés feridos de ambos os lados mas era um momento feliz que eu tinha com meu pai.

-- Vai ficar aí dentro? -- zombo dele novamente -- Vossa majestade é feita de açúcar.

-- Você está muito engraçadinha hoje né sabidinha? -- Ele rebate tirando o blazer, ficando apenas com a camisa branca que estava por baixo.

-- Venha dançar comigo, cabeça de alga.

Dito e feito assim que o refrão da música começou Percy acompanhou os meus passos nada sincronizado, entretanto parecíamos se entender na confusão um do outro, nossos corpos quentes foram levados com a chuva fria que caia do céu. Não importava mais nada além da música, o seu sorriso e nossas risadas, naquele momento nossos rostos a milímetros de distância a única coisa que nos separava era o ar e o orgulho um do outro de ver quem se renderia primeiro. Não demorou muito para Percy juntar nossos lábios em um beijo caloroso que desapareceu com todo frio que tinha por causa da chuva, minhas mãos agarraram seu cabelo molhado e eu profundei o beijo.

Essa deve ter cido um dos momentos mais românticos que tivemos juntos, porém um rei estava voltando e não estava nada feliz com minha presença.

Nota da autora:

Fala sério eu arrasei. Minha semana de prova terminou, até que não foi tão ruim mas eu vou tentar ao máximo amanhã deixar capítulos separado para semana toda. Um beijo para vocês seus iludidos e FORA BOLSONARO.

A Realeza | Percabeth | Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora