Capítulo 11

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Quando acordei naquela seguinte manhã,
ouvi os pássaros cantando.
Mas era diferente o seu canto, assim como eu, sentia-me diferente.

•••

Sou despertada por uma carícia em meu rosto, e com um sorriso desabrochado em meus lábios, olho perdidamente para o autor desta ação.

— Bom dia, my lady. - Diz beijando-me na testa, e seguidamente nos lábios.

— Bom dia Timmy. - Retribuo sorrindo, com os olhos entreabertos e, em seguida, espreguiço-me -

E em meio ao cheiro de café, e aquelas cortinas brancas, (como a maioria das coisas do quarto) questiono:

— O que faz no meu quarto Timmy? - Sento-me na cama, e ajeitando minha postura. -

— Trouxe seu café da manhã.

Direciono o olhar para a bandeja farta.
Sinto uma tímida alegria surgir dentro de mim.

— Você é tão gentil. - Digo sorrindo -

— E você é a mulher mais linda do universo. De todos eles.

Ele senta-se ao meu lado na cama.
Acariciando minhas mãos.

— Desse jeito, eu me apaixono ein. - Ameaço -

— Esse é o plano. - Sorri convencidamente bem humorado -

Ele está usando uma camisa social branca.
Com uma calça social azul marinho.
E um casaco de estampa arroxada.
Seu sorriso genuíno encanta-me.
Ele traz a bandeja, e eu agradeço.
Começo a comer e o vejo encarando-me.

— Porque olha-me assim? Tem algo de errado em meu rosto? - Digo passando a mão pelo mesmo -

— Não. Seu rosto é perfeito. - Suspira sorrindo -
É que eu gosto de ver você comendo. Faz parecer tudo tão delicioso.

— Você é estranho. - Aperto os olhos - Eu gosto disso.

Ele ri

— Então você gosta de pessoas estranhas...
- Afirma em tom de questionamento -

— Claro! - Minha voz afina aleatoriamente - São as pessoas que combinam comigo. Levando em conta que não sou a pessoa mais normal do mundo.
- Digo enquanto dou uma mordida na uva -

— Pessoas extraordinárias tendem a ser nomeadas dessa forma. - Suspira pensando - Pois suas mentes e suas perspectivas excedem o que se é esperado delas. Pessoas assim, transformam o mundo, sabia?

Eu o olho impressionada

— E você deveria ser filósofo, sabia?

Ele ri

— Obrigado, - Agradece teatralmente com a cabeça - mas passo. Estou muito ocupado no momento exercendo a dificílima função de ser o amor da sua vida.

— Seu convencido! - Grito rindo, jogando o travesseiro nele. -

Depois do café, ajeito-me para encontrar a equipe.
Iríamos gravar algumas cenas específicas hoje.
Quando noto a expressão irritada de Steve.

— O que houve? Porque está com esta cara?

— A burra da minha assistente de figurino, não colocou a peça importantíssima do Paul Atreides na mala. Precisamos dela para a tomada de hoje.
- Responde irritadamente -

A assistente está em prantos

— E onde está a peça? - Questiono -

— No hotel. - Bufa - São 40 minutos daqui até lá. E vamos começar em dez minutos! Só em pensar na repreensão colossal que receberei do Denis... Arrepia-me todinho. - Diz chacoalhando os braços e passando agitadamente as mãos nos mesmos -

Olhos de Esmeralda Onde histórias criam vida. Descubra agora