Capítulo 19

32 3 2
                                    

"And be alright"

•••

[Este capítulo será narrado pela escritora]

Não foi preciso de muito tempo para pensar, pois mesmo que ela aprecie uma boa e velha revolução nos padrões equivocados de um sistema, ela nunca escolheria ser egoísta, a ponto de ignorar o fato da vida de Timothée estar em risco.

— Tudo bem. Eu faço isso.

Ele solta o rosto dela

— Escolha inteligente.

Ela ri com desprezo, revirando os olhos

— Como se de fato, eu tivesse escolhido isso.
- Comenta sarcástica -

Imediatamente, quase que como reflexo, ele dá um tapa no rosto dela, que com o rosto abaixado, sentia o efeito, quente e doloroso da agressão.

— Mais um comentário assim, e eu torturo o Timothée na sua frente! - Aperta o rosto dela - E para deixar mais divertido, trago sua amada mãezinha para participar também. - Sussurra sorrindo o trecho final, bem perto do ouvido dela -

Ela queria gritar e ofendê-lo com todas as línguas possíveis, mas isso resultaria em dor nas pessoas que ela amava. Então ela segurou, com todas as forças, seus impulsos de ódio.

— Agora, você vai ser uma boa garota, e vai calar a droga da sua boca, ok? - Diz com uma voz estranhamente calma -

Ela consente, acenando com a cabeça.
E com lágrimas quentes descendo sobre seu rosto, mantém a cabeça abaixada.

Ela nunca fora sequestrada antes.
Ela nunca levara um tapa em seu rosto antes.
Ela nunca fora submetida à tortura psicológica antes.

Rayssa está apavorada, com medo, angústia.
Apesar destes sentimentos terríveis, ela está decidida a não deixar ninguém ferir as pessoas que ela ama, ela não suportaria perder mais ninguém, então ela fará tudo que estiver a seu alcance para protegê-los, mesmo que seja necessário ela se machucar neste processo.

|Na sala camuflada|

— Majestade, era realmente necessário bater no rosto da moça? - Indaga o conselheiro, que se chama Fhurst -

O rei que, colocando as mãos sobre a mesa;
levanta o olhar raivoso para a direção de quem o questionara, e diz:

— Desde de quando eu devo satisfações aos meus inferiores?

O olhar do conselheiro evidencia intriga,
surpresa e indignação.
Que passando a língua pelos lábios, declara:

— Podemos ser teoricamente "monarquia", majestade, mas se o senhor continuar agindo com toda esta prepotência, acabará sozinho, e sem reino para governar.

— Seu... - O rei tenta dizer algo, mais o conselheiro continua a falar, ignorando sua objeção -

— Porque aqui, todos temos um papel:
Manter o equilíbrio deste santuário, intacto.
E quem estiver, não importa quem seja, ameaçando isto, será expurgado do nosso meio.

Olhos de Esmeralda Onde histórias criam vida. Descubra agora